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João Távora

Sugestão

Na ilustração à esquerda temos a minha sugestão para a base de um novo equipamento da Selecção Nacional época 2006/2007 (a respeitável e "veneranda" bandeira da presidência da republica).
Sugiro ainda umas listas brancas horizontais de forma a incutir um pouco mais de alegria ao meu pessoal lá em casa.

BD na Feira do Livro de Lisboa

Serve a presente para informar os interessados das andanças do José Abrantes pela Feira do Livro de Lisboa:
» A 1 de Junho (Dia Mundial da Criança) estará das 10.30 às 18.30, no stand da Gailivro (com pausa para o almoço, tenham pena do artista!) para autografar o livro Morgana e o Poço Misterioso.
» No dia 11, estará entre as 16 e as 18 horas no stand da Asa, para autografar o livro Homodonte e o Ovo Azul.
Não faltem, pois arriscam-se a levar para casa um boneco original na contracapa. À borla!

Ilustração em cima: o José Abrantes visto pelo próprio em plena acção.

Quando será a nossa vez?!

Em conversa com amigos, comentávamos há dias a nossa infância. Foi "o tempo dos grandes”. Éramos os pequenos com o estatuto que isso implicava. Quantas vezes esperávamos em vão que aquele pedaço de bife ou doce chegasse “vivo” à nossa vez de nos servir. Eu sei que éramos muitos. Que aguardávamos com deferência e secreta ansiedade um pedacito do chocolate que um tio trouxera da Bélgica! O nosso lugar na hierarquia dos privilégios era claro. Os crescidos estavam deveras em primeiro em todos os protocolos. “Se bem me lembro”… na TV só havia 15 minutos de desenhos animados por dia. E vivó velho!
Hoje, cá em casa, não é nada assim com os nossos principezinhos. Com a minha maturidade chegou o "tempo dos pequenos"… que são muito exigentes, diga-se. Têm sempre lugar de honra na sala e no carro até se sentam em tronos! Que nunca lhes falte o melhor pedaço! Ou o iogurte, que vamos comprar à última da hora ao fim da tarde depois de um dia de trabalho. E a última banana do cesto da fruta não será para mim de certeza - nem que seja pelo exemplo que tenho a dar…
Foi então que nos pusemos a pensar: quando será o nosso tempo... de gozar a nossa vez?!

Hoje é sobre jornalistas II

Com formação em gestão de hotéis, quis o destino que eu me desviasse da “operação hoteleira” e abraçasse a carreira de Relações Públicas de uma conhecida cadeia de hotéis. É assim que por razões profissionais contacto frequentemente com jornalistas e órgãos de comunicação diversos. É uma actividade que critico e respeito, onde encontro profissionais que admiro e onde afinal conheci amigos. Confesso até que tenho alguns ídolos dentro do meio e o primeiro dos quais vem da minha infância: trata-se do meu grande herói, o repórter Tintim.
Na prática da minha profissão, viajo bastante por Portugal, convivendo inevitavelmente com muitos dos meus colegas em diferentes hotéis da cadeia que represento. Colegas com diversas responsabilidades, diferentes graus académicos, estatutos profissionais e sensibilidades. A maior parte das vezes almoço ou janto nos refeitórios da empresa onde sem dúvida contacto o “país real”. No meu convívio diário com a malta, o futebol é sempre um tema universal e aglutinador. Mas há outros assuntos de conversa que se revelam arriscados (ou impossíveis)… Por exemplo "a direita", "a Igreja","a Monarquia" são assuntos que prudentemente evito debater por mero instinto de sobrevivência. Com demasiada facilidade os lugares-comuns, a ignorância ou o puro ressentimento tendem a emergir em inconscientes e gratuitas agressões.
Agora encontrei um tema novo a juntar a estes que enunciei. O assunto é precisamente este: os jornalistas. Já não tinham grande fama, mas o “nosso” Carrilho veio à praça pública lançar a grande suspeita. E logo o pessoal recupera velhos ódios e ressentimentos à mesa do café. Vêm as velhas teorias da conspiração, com chorudos cheques e máfias actuantes: os partidos, as grandes empresas e os poderosos que mexem os cordelinhos numa teia de insondáveis desígnios. Ninguém escapa com vida. Nem o crítico de cinema. Na “idade da desconfiança” o homem aproveitou a onda e pôs o fogo na mecha. Por certo está satisfeito.

Para os pequenitos (e grandes) apreciadores de Banda Desenhada…

José Abrantes deslocar-se-á à Cidade Invicta no próximo dia 27 de Maio para uma mão cheia de actividades. Assim, pelas 11 horas, inaugura uma exposição de originais na livraria Centralcomic, na rua das Doze Casas nº 22. De seguida faz uma apresentação da sua mais recente criação, o livro Morgana e o Poço Misterioso, com sessão de autógrafos. Finalmente, pelas 15 horas, estará presente na Feira do Livro do Porto, a decorrer no Pavilhão Rosa Mota, para autografar “Morgana e o Poço Misterioso” no stand da Gailivro.

Lisboa numa manhã de Maio (crónica)

Hoje pela manhã, com a família, descemos em passeio a pé a Avenida da Liberdade rumo à Igreja de S. Domingos. Um privilégio de quem trabalha nestas paragens, que considero das mais bonitas de Lisboa. Os meus avós moraram aqui, quase em frente, no 232, no prédio onde mais tarde se instalaram o “Se7e”, o “O Jornal”, e de onde hoje espreitam as memórias mais felizes da minha infância.
A manhã estava radiante e, passeio a baixo, os verdejantes plátanos - que este ano andam histéricos - choviam desesperados os seu pólenes ao vento. Guiado pela paisagem, aproveitando a “galeria” de estátuas, edifícios e monumentos que percorremos, tento explicar aos miúdos a corrente de História e de vidas ancestrais que vêm dar a nós. Que somos parte dum todo.
Entramos pela Rua de Sta. Marta, com as suas modestas casas e mansardas de “gelosias” corridas. Com os seus “lugares”, mercearias e preguiçosos sapateiros; talhos e tabernas, rua que dava vida e serventia aos opulentos prédios da rasgada Avenida liberal e burguesa.
No Largo da Anunciada, ao lado da Igreja de S. José, um prédio finalmente recuperado sempre vai dar em mais um hotel… bom para a concorrência?! Pelo menos está restaurado ao fim de vários anos de intermináveis obras. Continuamos a descer e, recuando na História, chegamos aos Restauradores. Ironia dos tempos, a rapaziada entusiasma-se com a “parada” das vacas coloridas que, espampanantes, atraem as objectivas das câmaras dos turistas felizes. Estes, em conjunto com os africanos e demais imigrantes, são nos dias que passam os "indígenas" destas paragens... Que ambiente! E que bonita cidade afinal partilhamos.
Do Rossio explico aos miúdos algumas épocas que vislumbramos. O D. Maria do Garrett, o altivo Convento do Carmo… e não podemos ir mais longe, que se faz tarde para o nosso objectivo primeiro!
Chegados à Igreja de S. Domingos, o órgão toca música barroca. Esta Igreja, com origem num mosteiro dominicano fundado no reinado de D. Sancho II, impressiona-me pela sua carga histórica. Percorremos o corredor central e… percorremos centenas de anos de História, de celebrações, tragédias e contradições. Dos homens. Da nossa Igreja e da nossa cidade. De um povo caminhante, quantas vezes errante.
Parece-me que todos captamos a mensagem que aquelas paredes de pedra queimada nos contam.
Do meu lugar, cá em baixo, "lembrei-O" da minha família e amigos. Sem esquecer o meu País. Que sempre haja caminho… E que a História nunca acabe, afinal.

Todos na ordem: a "boa imprensa" do Sr. LFV

Ouvi há momentos o Sr. Luís Filipe Vieira na conferência de imprensa de apresentação do novo treinador Fernando Santos. Uma vez mais vociferava contra os malandros dos jornalistas. Autoritário, ele é quem manda. LFV tem um ascendente – domínio - invejável sobre os "media" cá do burgo. O homem tem mesmo “boa imprensa”! Um caso para estudo nas escolas de comunicação.

O melhor noticiário de desporto

Uma referência ao programa da Rádio Renascença "Bola Branca", fundado por Ribeiro Cristóvão e Artur Agostinho, que na passada quinta-feira completou 25 anos de existência.
Com várias edições ao longo do dia, considero-o o mais interessante e credível noticiário de desporto que conheço. Bom jornalismo de investigação, sempre em dia, boas fontes - não me lembro de uma notícia em falso, tão em voga nos períodos chamados “de defeso”. Aliás imagino que é com o programa “Bola Branca” (mais concretamente com a sua edição alargada às 22.30) que os protagonistas e agentes desta indústria se mantêm informados. Muitos parabéns!

Bom e genuíno Fado... Na Holanda!

Acabo de ter uma grande alegria ao saber que os meus dois jovens “amigos-fadistas” Carlos Leitão (voz) e Henrique Leitão (guitarra portuguesa), vão actuar a 6 de Agosto próximo em Amesterdão, no Concertgebow (na foto). São convidados por Cristina Branco e apresentaram reportório próprio. Como não é fácil agendar um saltinho à Holanda, sugiro a quem goste do género que os ouça em Évora, no Café Alentejo, às quintas-feiras, entre as 22:00 e as 02:00. Garante-se bom fado e fadistas genuínos!

Alerta! Chegou a estória do Sr. Brown em filme

Nunca li o livro do Sr. Brown, não só por opção política, mas principalmente porque tenho muitos livros ainda para ler... e cada vez menos anos de vida. Conhecendo as bases do romance, e do género “superprodução - acção americana”, compreendo o êxito comercial. É assim, com muito lixo de consumo, que circula nas livrarias, galerias, discotecas e salas de cinema. Que o pessoal consome, por puro entretenimento, ou, o que é mais grave, julgando preencher o seu enorme vazio cultural.
Julgo, sinceramente, que a obra apenas cumpre os desígnios comerciais da sua editora e do autor. Não quero acreditar numa "conspiração" para denegrir a Igreja Católica. Deve ser veleidade pura. E o Sr. Brown está rico. Que lhe faça bom proveito. Mas o que ponho em causa é a mediatização global de que a obra tem sido objecto. Gigantesca. Acontece o mesmo com a estreia da sua versão cinematográfica. Apesar da crítica considerar a peça medíocre, o assunto é manchete em todo o mundo. Grotesco!
A mim, parece-me um exagero a atenção dada por parte dos "media" a esta notícia hoje. Competiria mano-a-mano com um furo do tipo "descoberta de uma nova e terrível peste”! Sinais dos tempos.

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