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João Távora

D. José Policarpo

Vai para aí um chinfrim danado à volta das declarações de D. José Policarpo ontem à noite numa tertúlia na Figueira da Foz. Tudo isso porque o Cardeal Patriarca, politicamente incorrecto, terá alertado os jovens presentes para as trágicas dificuldades de conciliação dum casamento entre um cristão e um muçulmano. Insinuado pela comunicação social como um discurso intolerante, parece-me que o Cardeal patriarca foi sensato naquilo que disse: a sua mensagem dirigia-se aos cristãos, no entendimento do casamento como uma opção responsável e consequente. E porque viver a religião não é o mesmo do que pertencer a um clube de futebol: ser cristão pode ser  muito mais do que uma tradição, pode constituir uma adesão profunda e estruturante da pessoa. Assim sendo, não me parece difícil adivinhar o sarilho que tal casamento significaria para os que vivem a pratica religiosa num esforço de coerência - de um lado ou do outro. De resto, nem quero aprofundar as presumíveis dificuldades de integração pelo casamento dum cristão na religião/cultura muçulmana, para mais se for mulher.


A indispensável tolerância e diálogo inter-religioso não pode significar a diluição de convicções ou princípios. Como o do livre arbítrio, um dos pilares básicos do cristianismo, inspirador da civilização europeia. 

Há vida para lá d(as) Portas

O movimento não institucional do CDS - Alternativa e Responsabilidade – vai apresentar uma moção ao congresso do CDS do próximo fim-de-semana. Este grupo, onde se destacam militantes como Filipe Anacoreta Correia, Eduardo Nogueira Pinto,  Gonçalo Maleitas Correia, Miguel Alvim, Nuno Pombo, o Pedro Pestana Bastos, Pedro Melo e Rui Castro, entre outros, pretende o reposicionamento do CDS no seu espaço político natural e a recuperação de uma direita dos valores,  personalista e fiel aos princípios que constam do Programa do partido. Para lá da inevitabilidade da actual liderança do recém-eleito Paulo Portas, este movimento de cidadania afirma-se teimosamente como uma inequívoca voz alternativa dentro do partido, uma afirmação de esperança num AR novo no CDS.