Não podem ver um pobre com uma camisa lavada...
Sim caríssimo José: fui avisado pela telefonia ontem quando vinha do trabalho que o Sporting estava a jogar como não se via há muito tempo. Um telefonema para casa e a família imediatamente se mobilizou para uma “noite europeia”, com jantar ambulante, telepiza às fatias e a bola aos saltos a dar na televisão: uma irresistível quebra das rotinas que todos aplaudem e facilmente se mobilizam. Mas ontem a coisa foi inaudita e até as miúdas da casa que costumam aproveitar estas ocasiões para tratar dos seus tarecos acabaram a festejar o golo do Matias Fernandez.
Outro motivo de regozijo, para além desse e de hoje ser sexta-feira e eu estar de malas aviadas para um fim-de-semana no campo, é que finalmente começou o tão propalado processo de “presidencialização” do Sporting e contratámos o Costinha, nada mais nada menos detentor do segredo de pigmalião para um departamento de futebol “como deve de ser” . Suspeito que a coisa vai começar a piar mais fino: pró ano Bettencourt arranja uma amásia, senta-se no banco ao lado do treinador e ninguém mais nos segura no caminho da glória.
De resto meu caro José, tanto tu como esta tua simpática colega, em sinal de amor e respeito aos vossos filhos sportinguistas, que afinal são o melhor que o Mundo vos deu, têm como sagrado dever refrear o vosso cinismo benfiquista. Como o multiculturalismo não chegou a minha casa, não faço ideia como será essa vossa tão meritória e cristã experiência.