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João Távora

Um desafio

Está ao rubro o campeonato de futebol virtual no inquérito aqui ao lado. Vale um voto por dia, por cada IP. Já “entraram” mais de 428 votos na contenda. O Sporting segue desde o inicio à frente, destacado do Porto e com uns votozitos a mais do que os lampiões. Assim rés-vés. Coisa aliás difícil de entender, sabendo nós que eles são milhões e milhões, uma coisa assim colossal. É sempre assim: ao fim e ao cabo, na prática não se nota nada...
A não ser que votem diariamente, e em força! Fácil, não é?

Missionária da Caridade

Na passagem dos 10 anos sobre a morte de Madre Teresa de Calcutá, ler as pertinentes palavras de Pe. Pedro Quintela, sobre os caminhos da fé no Fora de Estrutura:

(...) Eis que por detrás de anos de aparente tranquilidade surge a notícia de uma travessia sofridíssima face ao apelo de Deus para fundar as Missionárias da Caridade, na fidelidade intocável a essa vocação e na depuração total de uma noite começada nos anos 50 e que só terminaria a 5 de Setembro de 1997.
Não poucos cristãos, ligeiros na fé, reduzem esta a um sentimento que certifica a existência de Deus, ficando assim o Senhor refém das emoções de cada um. Mais sentimento, mais Deus. Mais sensação, mais certeza. Mais emoção, mais fé. Portanto, mais eu ‘contente’ mais Deus ‘contido’ em mim (donde, alguma razão teriam os que acusam os cristãos de serem gente que confunde a sua transpiração emocional com uma entidade pessoal a que chamam Deus). Como é óbvio, quem assim pensa e vive não deixará de encontrar motivos de desalento nas dúvidas da Madre Teresa.
Enganam-se os que sentem que Deus salva o mundo com bons sentimentos, borbulhas gasosas e outras sensações agradáveis. (...)


Ler tudo aqui.

A ternura dos quarenta

Era inevitável enfrentar o problema. Desde que deixei de fumar há quase quatro anos, num também histórico 1º de Dezembro, iniciei um lento processo de expansão adiposa. Esse foi um duro período de provação e de alguma incontinência emocional, confesso. Com a tolerância à frustração nos mínimos dos mínimos, recorrentemente descompunha meio mundo (decididamente unido para me tramar), quase me divorciava e perdia o emprego. No início desse tempo de trevas, engordava só de olhar para os bolos na montra da pastelaria ou de ler a ementa do restaurante. Prescindira do prazer de fumar e chegara à plenitude dos “quarentas”. Simplesmente continuei jovialmente a gostar de Alheiras fritas, ou da bela Feijoada com pãozinho para molhar... sem esquecer uns deliciosos Ovos Moles ou um Suspiro de vez em quando. Não resistia a uma Fartura frita na feira ou a um belo Bacalhau à Braz ensopado em azeite lá da terra (nem sei qual, que eu sou de Lisboa). Ainda olhava com desprezo para todos os subprodutos light, "zero", magro, saladas e quejandos. Seria capaz de me inspirar nisso para escrever a mais mordaz crónica sobre a proliferação gastronómica para dondocas, anorécticas e metrossexuais. "Pela boca morre o peixe", e eu às vezes também me lixo.
Até há pouco tempo, o meu organismo sempre queimava desprendidamente a mais vasta gama de gorduras e guloseimas. Mas esse tempo lá se foi, fui inchando lentamente até começar a ficar com a roupa mais justa, apertar mal o casaco e o botão do colarinho. Estes foram os emergentes e dolorosos alertas. Depois de deixar de fumar, chegara a hora de deixar de comer.
Assim, há uns meses iniciei um exigente regime alimentar, tudo como mandam as regras. Primeiro, comecei por engolir o orgulho, o que suponho é do mais dietético que há; para logo de seguida me tornar freguês daqueles absurdos restaurantes de comida dita “saudável”. Até começar a encher o carrinho do supermercado com comida “a fingir” cheia de coraçõezinhos estilizados e silhuetas femininas na embalagem. Aqui nas Amoreiras, com total confiança na minha masculinidade, hoje circulo com surpreendente à vontade no meio das mais esbeltas ou escanzeladas figuras femininas. Todas elas fãs de queijos frescos e daquelas saladas cheias de nada e umas raspas de noz moscada. Agora também bebo aqueles sumos e sopas, mistelas indizíveis, a saber a pouco ou coisa nenhuma. Tudo isto para almoçar e ficar esganado de fome. Aliás é muito fácil comer poucas bolachas quando estas sabem a casca de árvore. E depois, já me oriento no supermercado no meio daquelas prateleiras cheias de comida Zen, "zeros" e lights, manteiga magra (!)... ou ainda aquelas infusões de ervas e águas amargosas, livres de calorias (!) mas com fibras e a bela carnitina... a fome acessível à endinheirada freguesia!
Ao fim-de-semana, com mais tempo, uma Dourada grelhada é que marcha mesmo bem... e depois p’rali fico, oprimido, a salivar pelos Bitoques dos miúdos e a ver a minha mulher feliz (mas culpada, eu sei!) a comer um delicioso Bolo de Claras.
Agora, estou quase a atingir o meu peso ideal, estou quase a acabar com o tormento, esta louca cruzada, de que me rio para não chorar. E sinceramente acho que vou voltar a comer aquilo que me apetecer. E que, com um pouco mais de ginástica, até vou controlar as coisas!

Diana

Não tenho grande pachorra para "socialites" ou intriguinhas “cor de rosa”. Nunca dei muita atenção às fofocas sobre o casamento do Príncipe Carlos com Diana Spencer, assim como também não "cusco" os casamentos ou a vida privada de ninguém, pois já me entretenho o suficiente com a minha. Sobre o cansado assunto da morte da Princesa do Povo, o melhor comentário saiu ontem no DN da pena de Alberto Gonçalves na sua (divertida) rubrica semanal à laia de blogue: (...) não esquecer, comemorou-se o acidente de Diana Spencer, e o facto de um carro conduzido a 200 km/h por um ébrio não ter morto parisienses inocentes. Assunto arrumado.

A raiz do equívoco

O PCP, adiantou Jerónimo de Sousa, «tem uma concepção diferente de terrorismo», que não a dos Estados Unidos e da União Europeia (*). Nada de novo, já que é sabido como o PCP tem uma noção diferente de Liberdade e de Democracia, que não a do senso comum. E quanto ao incontornável caso da comitiva FARC, não será antes um imperativo moral NÃO IR à festa do Avante? Bastará a foto de Ingrid Betancourt ao peito para aliviar a consciência? Ou não deveriam antes as instâncias próprias questionar com seriedade a legalidade constitucional dum partido de cariz totalitário como o PCP?
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(*) Declarações de J.S. ao Avante! via O Insurgente

Domingo

Evangelho segundo São Lucas 14, 1.7-14

Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.

Da Bíblia Sagrada

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