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João Távora

Faça você mesmo a sua remodelação

Agora que a nuvem de fumo do tabaco se começa a desvanecer e se distinguem já mais claramente outras discussões, aproveitemos para remodelar os nossos socráticos ministros. Aproveite esta inolvidável experiência que só o Corta-Fitas oferece e remodele você mesmo aqui mesmo na barra lateral. À distância de um clic, vale uma remodelação ministerial por dia, o que não é nada mau nos tempos que correm.

Daqui a nada o Pedro Correia já aqui virá discorrer sobre o questionário anterior, que versou os melhores colunistas nacionais.

O não de Sócrates ao referendo

Sou contra o referendo a uma matéria como a do Tratado de Lisboa e concordo que o parlamento tem toda a legitimidade para ratificá-lo. No entanto parece-me inadmissível a forma descarada e oportunista como os políticos usualmente se contradizem, conforme estão no governo ou na oposição. Consoante a feição do vento na senda do cobiçado poder.
Acontece que nem toda a gente tem memória curta. O crescente descrédito dos políticos e das suas instituições resulta num desprezo generalizado das pessoas e na consequente fragilização do sistema. O pior cego é aquele que não quer ver.

Coisas que me provocam vontade de fumar

Cerca de 800 alunos das escolas do 1º ciclo de Braga estão a aprender a persuadir os pais a não fumar em casa ou no carro para se protegerem dos malefícios do tabaco. O projecto inédito designa-se “domicílios livres de fumo”. A iniciativa “experimental” é da Associação para a Prevenção e Tratamento do Tabagismo de Braga (APTTB) que vai reclamar a sua implementação nacional, caso constate uma redução de crianças expostas ao fumo. (...)

DN, 7 de Janeiro (noticia 'offline') Susana Pinheiro, Braga

Emoções básicas


Como sportinguista possuo uma já longa experiência - em determinadas ocasiões literalmente leonina - de frustração. Como seria de esperar, esse traquejo, diga-se penosamente adquirido, proporciona-me hoje uns bons anticorpos que me tornam quase insensível ao aborrecido assunto. Claro que depois também convém fazer como a avestruz e evitar os noticiários desportivos e demais referências ao tema. Pelo menos até a uma próxima boa e sólida notícia.
No entanto, na comunicação social de hoje é quase impossível evitar a imagem de Katsouranis e Luisão à pêra em pleno relvado, o que me proporciona um leve sentimento de consolação. Isso também explica porque não tenho que aturar os lampiões a xingarem-me a paciência nesta cinzenta Segunda-feira.

E já agora, carago, digam-me lá vocês os portistas: tem alguma piada chegarem ao meio do campeonato com a "taça" no bucho? Não, pois não?
Uma seca.

Domingo

...da Epifania do Senhor

Evangelho segundo São Mateus 2, 1-12

Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.

Da Bíblia Sagrada

A oeste nada de novo

Ao contrário da agenda mediática norte-americana que durante 2008 vai vibrar com as eleições para a presidência, aqui no nosso pacato burgo não se prevêem acontecimentos de monta e o negócio prevê-se chocho. Com uma oposição tolhida, sem liderança ou projecto, e um “mercado” pouco atreito às “questões de fundo”, os media estarão condenados a uma agenda política estéril, a faits divers como fumos, comidas e licores.
Para boas e lucrativas manchetes, além da rosada “socialite” nacional, resta explorar os cada vez mais surpreendentes e imaginativos crimes, autênticas coboiadas à moda do Oeste (que afinal é o nosso novo lugar na Europa): crimes de faca e alguidar, da noite branca, e também da negra, dos tiros para o ar ou para quem estiver no caminho. A menos que surja uma tragédia natural ou uma inadvertida gaffe socrática que estremeça a modorra nacional. O povo, esse arrastar-se-á carregado de dívidas e de impostos, de telemóvel em riste à cata duma mensagem redentora, sem perspectivas, à espera de nada. Um nada que, das desgraças possíveis, certamente será a menos má.

Ano novo vida velha

Na imagem está Cavaco em pleno discurso de Ano Novo, usufruindo do seu dourado trono. Como os demais que lhe precederam, colectivamente esquecidos os ódios, apupos e insultos que em tempos imemoriais os destronam da cadeira do poder.
De pose paternal e discurso redondo, o presidente aconselha e recomenda. O sol na eira com chuva no nabal. Condoído com os pobres e alarmado com os ricos, vampiros e abutres. O ano é novo mas o guião é velho, e Portugal fica sempre adiado. Sem projecto, sem caminho.

Imagem daqui

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