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João Távora

Que pena, era tão divertido...

Segundo o Paulo Pinto Mascarenhas Fernanda Câncio retirou-se do programa da TVI "A Torto e a Direito" moderado pela Constança Cunha e Sá.


Fico triste pois confesso que dava-me uma certa satisfação aquela exibição de pequenez intelectual e pobreza retórica da jornalista, no desequilibradíssimo confronto com João Pereira Coutinho e Francisco José Viegas...

Para os seus fãs, a senhora continuará a destilar a sua mesquinhez, ressabiamento  e preconceito na blogosfera e num diário de referência nacional. Mas à rédea solta, e se possivel entre camaradas, que é bem mais fácil.

O estado caloteiro

Em Outubro de 2008, a minha mulher foi consultada por um instituto público, tendo em vista a tradução de diversos documentos. O serviço foi adjudicado, tendo como contrapartida o pagamento de cerca de mil e quinhentos euros.

Tratando-se de uma micro-empresa de traduções técnicas, criada em 2007 para ultrapassar uma situação de desemprego - a qual, diga-se, tem obtido um relativo sucesso -, o valor em causa não é despiciendo.

A tradução ficou concluída no início de Novembro, mas apenas em Fevereiro chegou a nota de encomenda que permitiu a emissão de uma factura que até hoje aguarda boa cobrança.

Consequentemente, dentro de alguns dias vence o pagamento do IVA relativo a essa factura em dívida pelo Estado, que inevitávelmente terá de ser liquidado. Dada a dimensão da empresa, tal desembolo será efectuado mediante o recurso ao orçamento familiar.

Esta aberração acontece, apesar das notícias repetidamente anunciadas pelo governo, que dão conta de uma alegada aceleração de pagamentos de há um ano para cá.

Mas acima de tudo, isto trata-se de uma enorme imoralidade. Numa altura em que está na moda acusar a iniciativa privada de todos os males do mundo, convém que não nos esqueçamos do estado caloteiro que temos, que recusa sistematicamente cumprir as regras que ele próprio impõe às empresas e particulares.