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João Távora

Do México a Massamá

Porcos e Aves são esteticamente diferentes, e tirando o porquinho Babe, a passarada é por defeito mais elegante, simpática e definitivamente mais asseada: se o massacre mediático foi o que foi aqui há tempos sobre a gripe das aves, agora que isto deu nos porcos estamos tramados. As parangonas diárias prometem: mais um caso em Madrid, outro em Frankfurt, falso alarme em Badajoz, suspeito de gripe suína isolado em Massamá...


E se a ameaça não pára antes das eleições europeias, nem que os candidatos aprendam a fazer o pino se vai falar de outra coisa.

Fracturas expostas

A respeito deste post, Carlos Santos desafia-me a ler este seu texto e a afirmar a minha posição quanto ao fenómeno da tortura e da sua hipotética legitimação. Acontece que a minha sensibilidade e educação cristã remetem-me para uma posição radicalmente contra tais práticas, sejam elas exercidas por “fascistas” ou “comunistas” de “direita” ou de “esquerda”.

Como noutras questões éticas, como a do aborto ou eutanásia, reconheço que há "casos limite" que nos remetem para dilemas complexos.  Por exemplo há quem reclame a legitimação da tortura, quando esse recurso possa evitar uma catástrofe e salvar vidas. Ainda assim, tendo a questão como abstracta, mesmo num caso desses eu mantenho a minha opinião: determinados princípios éticos têm que ser sempre salvaguardados, sob o risco de se relativizarem valores, que inevitavelmente corrompem os alicerces duma civilização evoluída. O respeito pela dignidade de cada ser humano, projecto de Deus único e irrepetível, deve ser um valor inalienável.