Educação: uma disciplina exacta
Ontem o dia foi de emoções fortes lá em casa pois saíram as notas dos exames da Margarida e do Francisco, respectivamente do 12ª e 11º ano: perante os desfechos verificados admito que somos uma família privilegiada, na qual, com mais ou menos atritos e resistências, sempre se vai incutindo a importância do esforço e da vontade como única garantia de sucesso... para as disciplinas exactas.
Uma coisa é certa: durante os últimos anos em que eles frequentaram o Ciclo e o Secundário do Estado, foi quase em desespero, contra tudo e contra todos, que nós clamámos esses valores. Inesperadamente contra a própria Escola, que a certo ponto mais nos parecia um asilo de marginais, um foco de vícios e de tantas outras impertinências.
Entretanto, a nossa pequena Carolina ainda no 1º ciclo (e que espero manter tantos anos quanto possíveis no ensino privado), que tinha como uma das brincadeiras predilectas passar horas de caneta e caderno em punho a “escrever histórias” e ilustra-las com desenhos e recortes, deixou-se disso para render-se ao Magalhães impingido pelo Ministério da Educação. Agora passa horas esgazeada a teclar jogos electrónicos. Salva-a “cruel marcação” de que é vítima dos pais.