Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

João Távora

Mixed feelings

O resultado histórico obtido pelo CDS PP, unido em torno de uma liderança determinada e duma mensagem politica assertiva e clara, não chega para me comover grandemente: o novo parlamento eleito exibirá nos próximos anos uma grossa maioria de esquerda que inclui uma significativa facção disruptiva, própria de democracias imaturas. Insisto na ideia de que uma direita débil é o primeiro sinal de um país pobre, estagnado e deprimido. Características que suspeito se acentuarão nos próximos tempos, por mais injecções de capital que se processem nas obras públicas e na providência social. Esta perspectiva e o bem que quero aos meus filhos e ao meu país desfaz qualquer vontade que eu tivesse de sorrir.

Contabilidade criativa

Espanta-me que os políticos e comentadores, questionados sobre a perspectiva de alta abstenção, se escudem na possibilidade de aumento de eleitores face às legislativas de 2005. Sobre o assunto a questão que interessa é mesmo a proporção.

O dia das grandes escolhas

Às duas da tarde na minha mesa de voto, no liceu de S. João do Estoril, já tinham colocado a cruzinha no boletim trezentas em novecentas pessoas inscritas: era isso que indicavam os números a giz na ardósia da sala de aula. 

Espero que o grosso dos eleitores surjam durante a tarde, pois os caminhos difíceis que se perspectivam a este depauperado país exigem um massivo sufrágio.

Participar é preciso, ou então depois não nos podemos queixar.