Deus na História
A Igreja de Cristo, na aceção de comunidade empenhada e consciente, é a Arca de Noé da civilização, que por estes dias navega a História por entre o implacável diluvio do relativismo estéril.
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A Igreja de Cristo, na aceção de comunidade empenhada e consciente, é a Arca de Noé da civilização, que por estes dias navega a História por entre o implacável diluvio do relativismo estéril.
Há pessoas cuja vida é uma crescente desilusão com os outros e com o mundo até o resumirem à expressão mínima, que em casos extremos toma a forma dum caniche. Ao contrário o meu percurso tem sido uma gradual aceitação de mim mesmo, sujeito aliás por quem ainda conservo algumas perplexidades. Além disso a desilusão, não é mais do que o desfazer de uma ilusão.
Os tempos são definitivamente muito duros, caro Nuno, e temo que qualquer acto de "coragem" do governo seja facilmente ensombrado pelo estrondoso coro de protestos que sempre provocará. Perante a hercúlea tarefa de gerir a trágica crise financeira nacional não faltarão ocasiões de o Governo asneirar, dizia ontem na SIC Notícias o Prof. João Confraria. De facto Vítor Gaspar não tem margem de erro para cumprir os objectivos acordados pelo PS, PSD e CDS com os donos do dinheiro com que Portugal sobrevive por estes dias “ligado à máquina”.
Ironicamente emblemático mesmo foi ver Carlos César na televisão perorar contra a prevista redução do tempo de transmissão diária da RTP Açores, sugerindo uma série de áreas e sectores alternativos para o corte nas despesas. Por estes dias coragem é cortar, cobrar, mas só se for no quintal do vizinho: quando mais de meio País depende directa ou indirectamente dos dinheiros públicos, não é de menos imaginar a “guerra civil” que se aproxima entre os grupos de interesses afectados.
Por ora espero ainda para ver despontar essa prometida “coragem” na redução das despesas que, não tenhamos ilusões, a tanta e tanta gente instalada causará dor e ranger de dentes. Convém no entanto não esquecer quem foram os irresponsáveis que nos trouxeram a este atoleiro, gastando como se não houvesse amanhã.