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João Távora

Sobre a “Ordem Militar de Avis Revisitada” de Manuel Lamas de Mendonça

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Antes de mais uma explicação: conheci o Manuel Lamas de Mendonça dos diálogos estabelecidos nas caixas de comentários deste blog pessoalíssimo. Pela sua escrita generosa e erudita não terei sido lento a aperceber-me da densidade das nossas ligações e afeições comuns: são telúricas. Depois por circunstâncias várias e muito por conta do nosso apego à Casa Real Portuguesa desenvolvemos uma amizade que se foi cimentando (e que bom que é uma mesa bem recheada de boa conversa). Isso explica como me envolvi, já na fase final, com os meus modestos recursos, na promoção deste livro que vos venho agora desafiar a conhecer.

A “Ordem Militar de Avis Revisitada” constitui a mais profunda e diversificada investigação feita até hoje sobre esta milícia. Em cerca de 670 páginas, Manuel Lamas de Mendonça parte da conjuntura político-militar que justificou a criação dos “freires de Évora” pelo primeiro monarca Português. Para tanto o autor tomou como cerne da investigação os mais de mil fólios inéditos que descrevem minuciosamente as visitações efectuadas por ordem do Mestre Dom Jorge, filho do Rei D. João II, entre 1515 e 1538. Este livro, que é uma edição de muito escassa tiragem, constitui uma obra obrigatória para quantos prezam o aprofundar do conhecimento da História de Portugal em geral e da História das Ordens Militares Portuguesas em particular. O seu lançamento decorrerá no próximo dia 11 de Março às 18,30 na Livraria Ferin (R. Nova do Almada 72, Lisboa) com a honrosa presença de SAR Dom Duarte Duque de Bragança e será apresentada por António de Mattos e Silva, Director da Associação da Nobreza Histórica de Portugal e Secretário-Geral do Instituto da Nobreza Portuguesa.


Vamos esgotar a obra no dia do seu lançamento?

 

 

 

O Gladiador

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Conto publicado pelo meu pai, Luís de Lancastre e Távora na revista Alvorecer, "Revista académica de cultura" do Porto em 1955 quando tinha 18 anos. Uma homenagem em sua memória no dia em que passam 26 anos sobre a sua morte.  

 

Corria o ano 63 da nossa era. Uma multidão impaciente acorria aos grandes portões de mármore do circo de Calígula. O som das trombetas das legiões e o vozear daquelas 50 000 pessoas unia-se aos rugidos das feras.

Festejava-se naquele dia a volta triunfal do “Quaestor Classicus” Cornelius Narcellini, que na sua veloz birreme, alcançara estrondosa vitória esmagando os pecadores da ilha de Tibre, revoltados contra o jugo de Roma. Era pois em honra de Cornelius Narcellini, o novo favorito do Imperador, que aquele grandioso espetáculo fora organizado. Havia combates de feras, e dizia-se até que o gladiador gaulês, o gigantesco Lúcio, combateria. Porém era quase impossível que o seu proprietário, sabendo que a recompensa do vencedor seria a liberdade e 10 000 “asses” deixasse o gaulês combater... Porque ele sabia, como todos sabiam, que Lúcio era invencível e não era muito agradável perder assim um lutador de tal qualidade. Contudo havia esperança...

Era estranho o aspeto daquela imensa multidão. Para alem das tribunas de Caesar, apinhados de grandes senhores, de generais e centuriões, nas suas túnicas e cintilantes couraças de prata lavrada; para alem do recinto reservado às “vestais” que, vestidas com as suas alvas túnicas de seda, lembravam um baixo relevo de fídeas, para além... contrastando, viam-se as bancadas do povo; desse povo andrajoso que se mantinha indiferente perante os espectáculos de sangue, como aquele que ia começar. Era formado de todos os géneros, desde os miseráveis de mais reles escória dos sombrios bairros pobres, até abastados comerciantes. De tudo ali havia; todos se acotovelavam.

E toda aquela gente discutia e ria, quando as trompas ressoaram e fábula imperial subia ao mastro de honra. Fez-se silêncio. O espetáculo ia começar.

A porta chamada de “Sanavivaria”, abriu-se e, pelo meio do estrondo dos aplausos, entraram na arena os “essendarii”. Estes, logo que os guerreiros saudaram o imperador, foram-se colocar em linha. E de súbito, a uma ordem do chefe do espectáculo, todas as seis parelhas de cavalos partiram como flechas em direção à meta.

A corrida foi breve mas sangrenta. Apenas um dos carros venceu, não obstante o seu ocupante estar moribundo, com duas lanças cravadas no ventre, e os cavalos cobertos de pó e sangue.

Durante alguns minutos, enquanto que os cadáveres e despojos e despojos eram retirados da arena pela porta “Libirina” os espetadores trocaram comentários, bebendo vinho, e devorando os farnéis, esperando pelo seguinte número.

De súbito uma nova correu célere: Lúcio, o gaulês, também combateria.

Havia sido visto por um dos escravos “Plutões”, “Lúcio, o gaulês, combateria”... “Lúcio, o gaulês, combateria”... e o murmúrio aumentava num impaciente alvoroço... “Lúcio, o gaulês” combateria...

Milhares de olhos fitavam a porta Sanavivaria e viram-na de repente a abrir-se...

Imediatamente espantosa ovação atroou os ares. Na frente dos gladiadores, todos podiam ver o gigantesco e possante Mirmilão que agradecia os aplausos com a ponta do “gládio”.

Lúcio, o gaulês, avançou e foi-se portar de frente à tribuna das vestais e de costas para a porta Libitina.

Com calma, enfiou o braço esquerdo na pega do escudo de bronze, e seguidamente experimentou o gládio vibrando alguns golpes no ar. Após isto baixou a viseira e esperou.

Enquanto esperava, deu largas à imaginação.

Via-se livre, liberto da escravidão para sempre. A vitória, estava certamente garantida; e quando recebesse os 10 000 “asses” então poderia voltar à pequena aldeia gaulesa... talvez mesmo estivessem ainda vivos os seus pais... mas, pelo menos, seu irmão, esse, provavelmente estaria...

O primeiro adversário do gaulês foi um “reciário” Assírio, atarracado, com uma cabeleira curta e encrespada. Foi o primeiro a atacar que de um salto lançou a rede sobre Lúcio. Este, ágil como um felino, curvou-se e caiu a fundo golpeando o peito do adversário que, levemente ferido, recuou. Como cordas, os seus músculos moviam-se sob a pele morena, formando cordilheiras serpenteantes. De dentes serrados atacou de novo. E foi então que Lúcio operou. Como um relâmpago, cortou as malhas da rede que já o envolvia; aparou a estocada do tridente no escudo e em seguida, depois de simular um ataque de prancha, mudou na trajectória da lâmina do gládio, e por fim mergulho-lhe a ponta na garganta do adversário. O sangue espirrou, um gemido rouco e assírio tombou com a carótida trespassada.

E como o assírio, o reciano egípcio em breve morria às mãos de Lúcio.

Depois foi a vez do negro Abdulath que vergonhosamente batido teve a vida salva devido ao capricho de Cornelius Narcelinni que apontou o céu com o polegar, quando o vencido pediu misericórdia.

A jovem Patrícia que apertava nos braços o grande Quaestos Classicus ciciou: -“Este gaulês é um diabo. Se conseguir vencer os três combates que lhe restam para ser considerado o triunfador, juro por Baco que lhe darei 15 000 “asses” em vez dos 10 000 prometidos, pois proporcionou-nos um inesquecível espetáculo.

E Lúcio venceu o reciário Fenício... e o Persa, logo depois.

Este último, porém, antes de tombar, feriu-o levemente no braço, o que levou ao gaulês a pedir para descansar alguns momentos. Quando se julgou restaurado fez um sinal com o gládio e o restante seclário surgiu no limiar da porta Sanavivaria.

Como que sacudido por um terramoto interior, Lúcio estremeceu violentamente: os seus olhos esgazeados fitaram o reciário, enquanto que um murmúrio de admiração enchia a praça. E na verdade tinha de quê esse murmúrio. O novo antagonista de Lúcio era um gaulês loiro e muito jovem, com pouco mais de 17 anos.

Calmamente o jovem aproximou-se do adversário imóvel. Este desnorteado moveu-se... e um vozear de espanto sucedeu à admiração pelo reciário. Não havia dúvida, Lúcio recuava defronte do inimigo. Com golpes falhos de qualquer força ou intersse defendia-se, mas alem disso apenas limitava-se a recuar.

E no espírito de Lúcio surgiram recordações, sensações há tanto esquecidas. Lembrava-se tão bem... tão bem daquela tardinha...fora há dez anos, tinha ele 17 também como aquele jovem...

Tinha ido passear e pela mão levara o pequeno irmão de sete anos. Júlio tinha corrido, brincado, colhido flores e frutos, e as horas passavam sem ele dar por isso. De súbito viram-se na praia. Já ali estavam havia alguns minutos, quando a tragédia se dera. Repentinamente, e quando Lúcio se preparava para voltar à aldeia, viu alguns homens de tez morena e bem armados. Também o viram e correram para ele assustadoramente; Lúcio compreender: Eram corsários assírios ou árabes. Por alguns segundos pensara em fugir deixando-lhes o irmãozito, mas por fim empunhando a faca e dizendo a Júlio que fugisse rápido para a aldeia, correra ao encontro dos corsários. A luta que se seguiu foi épica. Um contra dezasseis.

Vencido pelo número, Lúcio acabou por cair sem acordo, sobre os cadáveres dos seis inimigos. Depois, uma série de factos que lembravam um pesadelo. Acordara no mar alto amarrado a um mastro da barca corsária, que por altura da Sicília foi apanhada por uma nave romana que o levou para Roma como escravo. Em Roma fora comprado por um empresário que o adestrou no manejo do gládio.

Durante dez anos sofrera vexames, dores terríveis, mas uma vontade de ferro que jamais julgara ter, obrigou-o a sobreviver... e a lutar pela vida...

Durante dez anos esperara... e agora... naquele dia em que ele pensara alcançar finalmente a liberdade, oferecia-se-lhe esta em troca da vida do irmão... pois era ele o jovem reciário... era ele... era Júlio. Não havia dúvida... os olhos cinzentos, os cabelos, a mancha no braço e a boca trocista... era ele!

Como viera ali ter? Por que tragédias passar?

Se Júlio vencesse seria liberto e poderia voltar à Gália mas nesse caso... ele... Lúcio? Que lhe aconteceria?

Nesse momento, Lúcio, que continuara a recuar, chocou contra qualquer coisa : Era a porta Libitina.

Então uma resolução atroz encheu o coração do Mirmilão na sua amarga doçura. E cedendo a liberdade que quisera para si, Lúcio abriu a defesa, deixando cair o escudo...

Júlio feriu com força...

 

Luiz de Lancastre e Távora 
(1937- 1993)

In Alvorecer – Revista Académica de Cultura

Nº 5 Dezembro de 1955

Gozar com a miséria é feio

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É importante que se perceba que quem rejubila com o retorno às luzes da ribalta de Bruno de Carvalho é a comunicação social que vive de conteúdos baratos e “sensacionais”… e os adversários do Sporting que se banqueteiam com o suculento pratinho assim caído do céu. Antigamente havia o circo de horrores, com o homem elefante, o gigante, o anão, o gordo e a mulher de barba que faziam as delícias de plateias cheias de voyeuristas. Ufanos, lampiões meus amigos já se propuseram oferecer-me o livro do destituído. Definitivamente é feio gozar assim com as misérias dos outros: podiam ter um filho assim.

As vítimas colaterais

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O realce dado pela investigação do Observador a abusos sexuais ocorridos na Igreja Católica em Portugal, provoca em mim, como católico, uma inusitada revolta: talvez por terem acontecido mais perto da minha porta, cada novo capítulo publicado foi como uma nova sessão de tortura que não consigo evitar enfrentar. Mas a dor que sinto não pode toldar-me o raciocínio – aquilo que está em questão não é o mensageiro que, com mais ou menos competência fez o seu trabalho, mas a mensagem. E a mensagem é uma aberração. A minha vergonha e repulsa são inteiramente devotadas ao pseudo-sacerdote que trai de forma escandalosa e cobarde os seus votos, usando-se da preponderância outorgada pela sua função de serviço à Igreja de Pedro para praticar as suas obscuras perversões carnais sobre seres vulneráveis - podia ser o meu filho, podia ser o seu filho. Apesar de saber que a corrupção é impossível de erradicar do ser humano, deposito grandes espectativas na reunião convocada pelo Papa Francisco para o Vaticano de 21 a 24 de Fevereiro para o debate deste problema com os bispos de todo o mundo, que dela saiam medidas de profilaxia e procedimentos para uma rápida expulsão e denúncia dos elementos prevaricadores às autoridades civis.

Mas há uma outra injustiça que emerge de todo este pesadelo que me amargura profundamente e que merece de todos, quanto a mim, uma profunda reflexão (e dos crentes também muita oração): refiro-me ao profundo padecimento que tudo isto causa à esmagadora maioria do clero, gente de infinita generosidade e incansável entrega ao exigente exercício da mensagem de Cristo, que lideram paróquias recondidas, ensinam nas escolas, dão apoio espiritual e material aos mais pobres e aflitos, e que na nossa cultura, cada vez mais anticlerical, sofrem com a estigmatização e preconceito de quem, mais ou menos inocentemente, confunde a árvore com a floresta. É essa grande maioria de homens (e mulheres) de Deus, às vezes em missão nos mais inóspitos cenários, que devemos saber acarinhar e proteger daqueles traidores que tanto nos envergonham, e de quem também são vítimas - os nossos padres (e freiras). 

Moção de Censura

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Há quem critique Assunção Cristas pelo anúncio da Moção de Censura ao governo da geringonça que o CDS irá entregar no parlamento, por considera-lo tacticista. Já ouvi de um comentador na TV a interpretação de que a sua finalidade é tão só a clarificação das águas no PSD de Rui Rio, mas eu vejo mais vantagens: a clarificação das águas dentro da própria geringonça num período em que os partidos da extrema-esquerda estão a fazer um esforço comunicacional de descolagem com o governo de António Costa, utilizando um discurso muito duro e a colocarem no tabuleiro a artilharia dos sindicatos para marcação de terreno eleitoral com mais e mais protestos. Faz bem Assunção Cristas com esta jogada de política pura e dura. Assim como assim, quem vem sendo taticista há 3 anos para cá é o desgoverno PS, a navegar à vista, sem qualquer programa ou estratégia duma recuperação económica com futuro para o País, que se encontra absolutamente impreparado para enfrentar o arrefecimento económico mundial que se prenuncia: foram as 35 horas, o IVA da restauração, foram os impostos indirectos em cima dos outros para pagar as “devoluções” às clientelas, o desinvestimento público e as cativações; tudo por um prato de lentilhas que os mantivesse no poleiro. Afinal de que serve a estabilidade se ela é usada para comprometer o futuro do nosso País?

 

Imagem Público

Sobre as Jornadas Mundiais da Juventude

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Estranho (ou talvez não) é verificar a animosidade de uma certa elite intelectual que se arroga defensora das liberdades e da igualdade em teoria, mas que fica profundamente acossada com a sua prática no concreto. Será certamente uma maçada para ela ver Lisboa invadida por jovens em festa, vindos de todos os cantos do mundo, de diferentes línguas, raças e nações, a encher Lisboa por amor de Jesus Cristo e à Sua Mensagem, apenas com uma linguagem comum: a generosidade de que sejam capazes, a sua Fé, energia e poder de reivindicação que lhe é intrínseca. Julgo que esse rancor se explica pelo temor e incompreensão daqueles que nunca experimentaram a Liberdade profunda que nos devolve uma Fé sincera e cultivada. Afinal é com os joelhos no chão e os olhos no céu que nos redimimos e libertamos, e isso, hoje como há 2000 anos, é uma verdade chocante aos olhos do mundo. 

Como é bom de ver, mas não conveniente aprofundar, é nessa prática cristã, que testemunhamos o desabar das fronteiras nacionais num benigno multiculturalismo realizado, porque fundado sobre a rocha dos mais basilares valores fundamentais da humanidade: «Amarás a teu próximo como a ti mesmo. Maior do que estes não há mandamento algum». Esta é a chave desse mistério, o legado de Jesus Cristo. No princípio os cristãos distinguiam-se pela alegria e amor que irradiavam, “olhai como eles se amam”, um desafio que ainda hoje enfrentamos. E quem conheça a vida da Igreja nas nossas cidades, sabe muito bem como é normal celebrarmos uma Eucaristia presidida por um sacerdote africano de pele retinta e ajoelharmo-nos lado a lado com um individuo ou família de diferente condição económica, da mais exótica etnia ou cor de pele, sem que isso esmoreça o fervor da oração comunitária.
Ao fim de 2000 anos temos de nos perguntar se haverá caminho alternativo para a humanidade que não a mensagem de amor cristão emanado de Jesus Cristo. Porque será que esta proposta de harmonia não vos serve? Porque será que os dois milhões de jovens de tantas e distintas pátrias e continentes reunidos no Panamá em torno do Papa Francisco causam tanto incómodo à intelectualidade bem pensante europeia? Porque estas reuniões constituem a desconstrução da Luta de Classes e do Marxismo Cultural que nos querem impingir aqueles que há séculos  prometem acabar com a Igreja de Pedro?

Como aconteceu nos diferentes grandes eventos católicos sucedidos em Portugal desde a visita de Paulo VI, sempre que foi dado protagonismo devido à juventude generosa e entusiástica, estes acontecimentos resultaram no reforço do catolicismo, mas principalmente foram ocasião para muitas mentes inquietas (e que perigo é a inquietação para o status quo), de gente inconformada com a precariedade das respostas do tempo, se converterem ao desafio que Jesus Cristo a todos propõe.
No fundo a grande ameaça que constituem as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa em 2022 é o reforço dessa identidade cristã neste extremo da Europa, fervorosamente laicista, tecnocrática, economicista e anódina, que preconiza tornar a nossa gente meros consumidores divididos em segmentos de mercado. Um continente em que a caridade (leia-se Amor) se quer desligada das pessoas, regido por um algoritmo legal, sem alma, sem identidade, sem pertença... sem consequência. 

A propósito da polémica dos carros a gasóleo...

 Pretender que a deslocação duma pessoa do ponto A ao ponto B sem ser pela força dos músculos das pernas (e mesmo assim...) ou pela da gravidade, é possível sem prejuízo do ambiente é duma ingenuidade extraordinária. Querem contabilizar as emissões de dióxido de carbono e os danos colaterais para o planeta por um Ser Humano ter um filho? Nada de novo: desde o "Imagine" do John Lennon que sabíamos que a verdadeira harmonia só é possível sem pessoas.

Não esqueceremos

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O hediondo assassinato do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luiz Filipe em 1908 foi um evento por demais perturbador e fracturante na História de Portugal, cujas repercussões nos chegam até hoje e nos exigem a persistência de uma condigna homenagem anual pelas almas dos dois augustos mártires, desagravo que a Real Associação de Lisboa, de há muitos anos, promove a cada 1º de Fevereiro na Igreja de São Vicente de Fora, paredes meias com o Panteão da Dinastia de Bragança. A evocação em forma de Missa Solene terá lugar logo às 19.00hs e contará como habitualmente com a presença da Família Real Portuguesa.