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João Távora

Salvar a Pátria

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O retorno à ribalta política de Pedro Passos Coelho como salvador da pátria é um assunto recorrente no debate à direita que reflecte bem a profunda crise que atravessa, com clara dificuldade de renovar-se com novos protagonistas, mas principalmente de assumir bandeiras que entusiasmem um eleitorado tendencialmente resignado – e assustado. Esse sebastianismo também espelha uma falta de autoridade e reconhecimento público das elites políticas envelhecidas que há décadas circulam desgastadas pelos corredores do poder e seus vasos comunicantes: há muito que o serviço público vem deixando de atrair os melhores, seja pela fraca remuneração duma carreira política, mas principalmente por causa do desprestigio em que esses cargos decaíram. Evidentemente que há excepções que só confirmam a regra, e percebe-se a veneração que Passos Coelho suscita numa direita inconformada com a decadência permanente dos indicadores económicos e o desprestígio das instituições do país.

Mas o seu tempo na ribalta política passou: se Passos Coelho foi o salvador da Pátria e o sucesso no resgate do País se deveu à sua heróica resistência, por esse motivo conquistou demasiados inimigos e preconceitos, e suspeito que será sempre uma personalidade desgastada pelos anos de chumbo que lhe alienaram o centro político.
Para mais, se não queremos somar aos já muitos problemas do país um choque geracional a prazo, parece-me urgente a promoção de novos actores no espaço público partidário, urge rejuvenescer as lideranças, que tragam um discurso renovado e mais afoito para denunciar os nossos vícios velhos e inspirar alguma esperança no futuro. A tralha ferrugenta que se pavoneia em comentários nas televisões são o espelho duma decadência que urge inverter.

Também é por isso que deposito altas expectativas em Francisco Rodrigues dos Santos que gostava de ver mais vezes no espaço público, para que sem complexos se dedique a uma agenda de valores conservadores e liberais, que tanta falta fazem ao equilíbrio dum debate político que se queira estimulante. Bandeiras não hão-de faltar a uma direita rejuvenescida que conseguisse emergir do pântano moral, político e económico em que estamos todos atolados.

Sporting Clube da Portugalidade

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O Sporting ontem na vitória dois-zero sobre o Portimonense jogou com Nuno Mendes, Tiago Tomás  e Gonçalo Inácio (todos com menos de 20 anos) no onze inicial, além de Palhinha e João Mário também portugueses da formação. No onze estavam outros dois: Pedro Gonçalves e Nuno Santos. Como suplentes e oriundos da academia de Alcochete entraram como suplentes Joavane, Daniel Bragança (até temos um Bragança!) e Matheus Nunes. Um enorme contraste com os adversários e 13 pontos de avanço sobre o segundo lugar.
Honra lhe seja feita, os resultados desportivos da equipa principal do Sporting tem exibido, são mérito da tão vilipendiada direcção do Sporting, e em sentido contrário pode-se afirmar que eles acontecem apesar das Claques (e de outros duvidosos protagonistas) e não por causa do seu apoio.
De resto parece-me da mais elementar justiça elogiar as recentes declarações de Frederico Varandas após o difícil confronto com o Gil Vicente, afirmando que “a arrogância, a bazófia, é meio caminho para a derrota e uma vitamina extra para os nossos rivais”. Se a mensagem tem várias interpretações, e por isso mesmo revela inteligência e acutilância, parece-me que ela se dirige principalmente para o interior do clube e para os seus adeptos. É preciso travar euforias, o campeonato é uma longa maratona e é do mais elementar bom senso reconhecer que o “Sporting tem de respeitar sempre os seus dois rivais” porque “têm muita força dentro e fora do campo”. Nada mais, nada menos: é este o genuíno espírito e cultura sportinguista que nunca deveriam ter sido traídos.

O caminho para o título faz-se passo a passo.

 

Missa de Sufrágio pela alma de Maria João de Castro de Lancastre e Távora (Marquesa de Abrantes)

A Fé é a cedência da soberania a Deus

Foram assim as cerimónias exequiais por alma da minha mãe no passado dia 15, presididas pelo Rev Padre Perdo Quintela que decorreram na paróquia do Santo Condestável de que foi freguesa quase toda a vida e onde criou os seus cinco filhos.  A todos os muitos e muitos amigos que se nos juntaram virtual ou fisicamente nesta celebração da Fé,  aqui deixo os meus sentidos agradecimentos.

 

Oração

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Maria João de Castro de Lancastre e Távora
 (Marquesa de Abrantes)

1940 - 2021

Santa Maria, mãe do Senhor,
Intercedei pela nossa irmã Maria João,
Para que seja acolhida na misericordiosa paz do Reino de Vosso Filho.

Superada a sua longa provação,
Guiai-a ao merecido consolo do Criador,
Onde a paz se desvenda e realiza.

Guiai-a ao seu marido Luís, também reconciliado,
Com quem realizou esta família que é precioso legado,
Seus filhos, netos e bisneta.

Guiai-a ao encontro dos seus pais Assunção e João, dos seus irmãos José e Manuel,
Com todos os seus sonhos de menina,
Duma Pátria um dia encantada, com nobreza, rei e religião.

Santa Maria, padroeira dos portugueses,
Conduzi a nossa irmã Maria João ao luminoso encontro com Nosso Senhor,
Para que na comunhão dos Santos, possamos nós contar com a sua intercessão.

E assim nos guie nesta peregrinação, honrando a sua vida com integridade e amor.

Amen. 

JT Fev. 2021

Nota: rezar-se-á na próxima 2a. feira dia 15 às 17,00hs uma missa de sufrágio na igreja de Santo Condestável (Campo de Ourique) precedendo as exéquias reservadas aos familiares chegados no Cemitério do Alto de São João.