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João Távora

Lançamento do livro "A Casa de Abrantes – crónicas de resistência"

Sábado, Quinta da Piedade, 14 de Maio - 11:00hs

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(…) “Neste livro, estão as memórias de uma “resistência”: a de uma casa que, nos séculos XIX e XX, foi miguelista no tempo do liberalismo, e monárquica no tempo da república. Na medida em que ajudou a manter a pluralidade cultural e filosófica contra doutrinas triunfantes, essa resistência deve ser valorizada, independentemente das suas orientações, como parte do que hoje estimamos como liberdade. Descobrir esta “Casa de Abrantes” com João Lancastre e Távora é descobrir histórias e tradições que são dos seus familiares e antepassados, mas também de todos os portugueses, na medida em que Portugal é uma casa feita de muitas casas.”

Excerto da apresentação de Rui Ramos do “A Casa de Abrantes – crónicas de resistência”.
Saiba mais sobre o lançamento deste meu livro aqui

Mais máscaras

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A prova de que a máscara se tornou num fetiche protocolar como referia o Henrique Pereira dos Santos foi me foi dada esta manhã pela empregada do café onde costumo ir aqui em Cascais, quando indagada do “porquê” de todos os empregados ainda manterem o uso da máscara. Respondeu-me que "o patrão tinha pedido para que o pessoal mantivesse a cara vendada por mais uns tempos, para não afrontar algum cliente mais sensível". Ou seja, "venerandos e obrigados". A máscara é reflexo de uma espécie de crendice associada ao medo, que se mantém em prática nos transportes públicos e da qual não nos veremos livres tão cedo. É esperar pelo próximo outono, que o histerismo sanitário não se desmonta com a mesma velocidade com que se implanta. 

Parabéns à prima!

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A Portugal, um país há séculos sem problemas existênciais de "nacionalidade", em matéria de "agitação" e "excitações", restou-lhe entreter-se com uma percentagem anómala de reaccionários, excêntricos e progressistas, responsável pela extrema dificuldade na gestão política das grandes crises, sendo disso exemplo a queda da monarquia, entre a crise do Mapa Cor de Rosa e o 5 de Outubro. Isso explica que nos nossos dias o PCP, o bloco e a extrema-direita nacionalista devam bem ultrapassar os 20%. Também por isso o nosso país é um atraso de vida.

Um legitimista avant la lettre

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“Francisco de Sá e Meneses, foi um político senhor de grande moderação e equilíbrio, as decisões difíceis que se viu obrigado a tomar, por fidelidade ao Cardeal Dom Henrique, mancharam de certo modo a sua memória, anátema que terá sido cultivado na cidade do Porto, onde a sua família detinha posições de relevo. Ainda segundo Luís de Sá Fardilha, da Universidade do Porto, a preocupação principal de Francisco de Sá e Meneses terá sido a de «limitar, tanto quanto possível, as vítimas e a destruição que uma guerra aberta, cujo desfecho estava decidido à partida, não deixaria de provocar». Não esqueçamos que a catastrófica batalha de Alcácer-Quibir, que depauperara o país em meios e pessoas, se dera pouco menos de dois anos antes. Para mais, a história ensina-nos a oposição às decisões difíceis em face ao populismo sempre ribombante.”
 
Este é um trecho sobre o grande poeta e político que foi I Conde de Matosinhos, retirado de um capítulo a ele dedicado no meu livro “A Casa de Abrantes, crónicas de resistência” cujo lançamento anunciarei muito em breve.