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João Távora

Zero à esquerda

Dizem que durante o ano de 2007, enquanto a direita se auto-aniquilava metodicamente, gramávamos com mais de cinquenta horas de José Sócrates na televisão. O nosso primeiro-ministro é afinal de contas um karma nacional, um verdadeiro castigo por conta da nossa impassibilidade e insipiência. Ou não fosse verdade que um “zero à esquerda” acedeu fulminante ao poder num partido afinal com tradição e história. E que esse zero à esquerda, alcançada uma esmagadora maioria absoluta nas legislativas, vem esbanjando uma oportunidade impar de reformar o estado pelo lado que conta - o da despesa, do desperdício. Um “zero à esquerda” que malbarata a anuência tácita duma comunicação social tradicional e antropologicamente da sua cor para trabalhar patrioticamente numa regeneração estrutural do País... E que se prepara para sair pela porta pequena da história sob vaias e assobios, ódios e ressentimentos, por conta das assustadoras impopulares reformas que afinal não fez.

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