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João Távora

O valor do silêncio

Ao contrário do que a comunicação social, sempre sedenta de sangue, reclama, parece-me que, mais importante do que mandar “bitaites” por tudo e por nada, o discurso da oposição deve ser muito ponderado, de forma a atrair os esfalfados ouvidos da classe média. Definitivamente, o Zé tem outras prioridades do que assistir ao triste espectáculo da luta politica doméstica em que normalmente se digladiam fracos argumentos de mera circunstância, embalados pela espuma dos dias. Acresce que não me parece que sejam os fãs da SIC Notícias e os aficionados da blogosfera que virão desproporcionar os equilíbrios partidários existentes. Acredito que, mais do que queimarem-se caras novas e novos partidos, o que é urgente é que se mude radicalmente a maneira de fazer política.


Quanto a mim o silêncio de Manuela Ferreira Leite, por muito que incomode todos quantos se viciaram ou alimentam do sistema estabelecido, é muito saudável e em nada belisca a sua liderança. É tempo de estancar toda a berraria gratuita que habitualmente prolifera na luta pelo poder, que em nada dignifica os seus protagonistas e em nada serve o futuro da nação. Estou em crer que um bom líder, com sentido de estado, apenas deve intervir quando tem alguma coisa realmente importante para dizer. De resto, sou da opinião de que se deve fazer à estrada, com simplicidade e à moda antiga, para ouvir e tentar perceber quais as verdadeiras preocupações do eleitorado, de norte a sul, de rua em rua, de porta a porta.

 

Nota: Deves-me um almoço, Duarte.

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