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João Távora

Um merecido tributo

 



Sinto um travo amargo com a perda de Richard Wright, que sucumbiu anteontem a um cancro fulminante. Os Pink Floyd foram um dos meus devaneios de adolescência, e para o bem e para o mal aquele rock “depressivo” acompanhou-me por muitas lânguidas horas da minha juventude.


Richard Wright  tocava instrumentos de teclas e era responsável por aquele inconfundível som “espacial” característico da banda “psicadélica” que fundou junto com Roger Waters e Nick Mason. Richard Wright  compôs ou interveio na composição de grande parte dos temas dos Pink Floyd e alguns deles, como Summer 68, Echoes, Time ou Shine on you crazy diamond marcaram uma geração. Como acontece com a generalidade das bandas pop de sucesso, a soma das partes vale bem mais do que as suas individualidades, e com a morte deste músico acaba a esperança de uma reunião final dos genuínos Pink Floyd.

Restam-me os discos que ainda guardo gastos pelo uso, que num hipotético momento de preciosa privacidade ainda poderão rodar bem alto no meu gira-discos. Para meu deleite.

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