Revoluções virtuais e a democracia do disparate
Anda por aí no facebook um "movimento" que quer pôr um milhão na avenida da Liberdade contra a classe política. Não sei se querem dar o poder aos militares, aos metalurigicos ou ressuscitar o Dr. Salazar. O disparate sempre foi bastante democrático e esta inaudita época da tecnologia e do conforto, trouxe consigo o fenómeno da participação cívica virtual, dos "grupos" e "petições" online, para todos os gostos causas e feitios. Entre a colheita dumas couves no Farmville, a aceitação dum convite a um evento que nunca irá, o cidadão, à distancia dum clique adere a um qualquer grupo contra a pesca à linha, e torna-se fã dos Pandas orfãos ou duma outra qualquer causa digital. É a ilusória cidadania de rabinho sentado, a militância com o esforço dum dedo e três neurónios, tão anódina quanto estéril. A questão cada vez mais pertinente, é saber o que é que cada um de nós está disposto a FAZER pelo País... depois de saír da frente do computador.