O duro despertar
Nas últimas décadas vivemos deslumbrados com o "ter". Vimos nas infra-estruturas da Europa rica a redenção, e subsidiados empregámos hordas de emigrantes a construir auto-estradas, viadutos, arranha-céus, escolas, universidades, hospitais, equipamentos desportivos, e bibliotecas. Enquanto isso, para júbilo dos nativos democratizou-se o crédito, o consumo, cursos e canudos. Chegados a este ponto, falidos e humilhados, ainda não somos capazes de nos olhar bem ao espelho. Ser, é bem mais difícil do que ter… mas vamos sempre a tempo.