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João Távora

A questão do preservativo

Qualquer dia sou preso ou fazem-me uma espera mas eu não me importo: na adolescentocracia em que vivemos, compreende-se que a mensagem do Papa menosprezando a eficácia do preservativo como remição do flagelo da sida seja a priori rejeitada. Mas talvez um pouco de boa fé e uma pequena parte da nossa consciência nos ajudem a chegar lá: a questão da sida só será verdadeiramente mitigada e debelada através de uma adequada educação sexual, por via da difusão de exigentes valores civilizacionais, como a castidade, a fidelidade entre marido e mulher  - ou entre parceiros sexuais, para ser mais politicamente correcto - e a monogamia, em contraste com uma cultura de promiscuidade e de hedonismo que nem a lonjura e o calor dos trópicos justificam.


Muitos dos que se chocam com a exigência desta mensagem, preferem nela ver um farisaico encolher de ombros face à propagação da “pandemia africana”. Para anunciar fórmulas de facilitismo estão cá os políticos. A Igreja ensina, na dignidade da pessoa humana, uma via mais difícil, mais estreita e seguramente menos rendosa. Mas nem por isso menos necessária e verdadeira.

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