O equívoco de Santana Lopes
De forma gratuita, Pedro Santana Lopes prepara-se afrontar os monárquicos portugueses convocando o letárgico Partido Popular Monárquico para a sua coligação à Camara Municipal de Lisboa. Estranho que os seus conselheiros não o tenham advertido de que o PPM se tornou num instrumento de promoção pessoal do Sr. Câmara Pereira, adversário dos monárquicos portugueses e persona non grata à instituição real que estes prezam e honram.
Tendo em conta o cariz supra-partidário da instituição que advoga, um partido monárquico é por si um contra-senso, e esse equívoco adensa-se quando o partido em causa acabou esvaziado de personalidades como Henrique Barrilaro Ruas e Gonçalo Ribeiro Teles, superiores figuras intelectuais que o fundaram e justificaram numa determinada conjuntura histórica.
Se Pedro Santana Lopes desejava atrair monárquicos com esta coligação é bom que se desengane quanto antes: isso não acontecerá num projecto que inclua o partido do Sr. Câmara Pereira.