A oeste nada de novo

Para boas e lucrativas manchetes, além da rosada “socialite” nacional, resta explorar os cada vez mais surpreendentes e imaginativos crimes, autênticas coboiadas à moda do Oeste (que afinal é o nosso novo lugar na Europa): crimes de faca e alguidar, da noite branca, e também da negra, dos tiros para o ar ou para quem estiver no caminho. A menos que surja uma tragédia natural ou uma inadvertida gaffe socrática que estremeça a modorra nacional. O povo, esse arrastar-se-á carregado de dívidas e de impostos, de telemóvel em riste à cata duma mensagem redentora, sem perspectivas, à espera de nada. Um nada que, das desgraças possíveis, certamente será a menos má.