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João Távora

24.Dez.22

Natal, o mais importante legado

João Távora
Natividade na Maestà de Duccio, século XIII O que é que se terá passado de tão espantoso há cerca de dois mil e vinte anos no Médio Oriente ali para os lados da Palestina, que nos continua a emocionar, que persistimos celebrar e chamar Natal? O nascimento de Jesus Cristo, que não foi apenas o princípio duma religião universal, mas, estou em crer, a inspiração para os maiores prodígios civilizacionais que se sucederam a seguir no Ocidente. Hoje queria falar do Natal (...)
09.Dez.22

Entre as brumas da memória

João Távora
Sendo a nossa vida terrena, mais do que limitada pelo tempo, limitada pelas memórias que guardamos depois de adquirirmos consciência, estou convencido de que a existência de cada um ganha um alcance temporal superior se adicionarmos à razão outros sentidos como o da intuição. Onde eu quero chegar com este raciocínio extravagante? Quero dizer-vos que, se formos dotados com curiosidade suficiente e tivermos convivido com intimidade com pessoas mais velhas que nós, conhecido de (...)
08.Dez.22

Viva Portugal

João Távora
Aos mesquinhos pequeno-burgueses mestres da má-lingua e do azedume: se formos justos, o rasto de civilização pelo mundo afora deixado na história por Portugal vale bem mais que o novos-riquismo de muitos chocolates e relógios suíços - os alienados são vocês. Sábado é para ganhar aos infiéis, que teremos meia portugalidade, das Índias aos brasis, de olhos postos nesse jogo de futebol. 
24.Nov.22

Disclaimer

João Távora
Como prova de que sou um bom português (não gosto muito do termo "cidadão", que me lembro logo da guilhotina francesa) começo por fazer um aviso prévio: por minha vontade não existiriam autocracias nem ditaduras, regimes que por principio deploro, todos os países do mundo seriam culturalmente tolerantes e democráticos, lastimo o preconceito racial e a exploração do homem pelo homem, nomeadamente imigrantes, a desigualdade de género, o tráfico humano, detesto a estigmatização (...)
21.Nov.22

Qatar 2022

João Távora
O futebol é importante nas nossas vidas, porque entre outras coisas, ajuda a juntar pessoas de diferentes sensibilidades, nacionalidades, origens culturais. Juntar é sempre melhor do que dividir. A "pátria" de cada um terá sempre diferentes nuances e cumplicidades: familiares, políticas, históricas e estéticas - porque é que haveremos de estar sempre a querer afirmar a nossa originalidade "pessoal"? Essa experiência de unidade (na bancada de um estádio) é fascinante, mesmo com a (...)
18.Nov.22

Agora deixem o povo ver a bola…

João Távora
O que é que mudou desde a Cimeira do Clima ocorrida no Qatar em 2012, sob os auspícios das Nações Unidas? Ao menos o Mundial de Futebol tem a virtude de ter ajudado, mesmo que tardiamente, o jornalismo em geral e muitos virtuosos comentadores em particular, a descobrir que o Qatar não é uma democracia liberal, antes pelo contrário. Um escândalo de que ninguém suspeitava... E o que se pretende agora, além da exibição de virtudes piedosas, com a ostracização daquele regime (...)
10.Nov.22

Por paisagens marginais

João Távora
Quem conheça um pouco Henrique Pereira dos Santos, autor do texto deste livro, sabia já como, a sua permanente busca de objectividade e fundamentos solidamente comprovados nas suas opiniões, esconde mal uma alma sensível e curiosa que, assumidamente agnóstica, se deixa arrebatar facilmente pela beleza, que é um assunto da metafísica. Isso percebe-se não só por algumas das suas (...)
09.Nov.22

O desafio da normalidade

João Távora
Não só a recente epidemia de medo explica o fascínio (a saudade?) exercido pela Covid19 em tanta gente, mas o facto do assunto ter monopolizado as suas preocupações durante quase dois anos em que a vida aparentava ser confortavelmente simples: um assunto arrebatador que nos distraía das muitas pequenas e grandes misérias que afligem a vida de toda a gente, normalmente chama-se alienação. Agora que com o frio chegam as doenças respiratórias, há muitos especialistas à espreita (...)
28.Out.22

Lucros excessivos, cartazes no marquês e a nossa triste sina

João Távora
Talvez por coincidência, enquanto o António Costa e o PS, ao estilo mais populista e demagógico, aliados com a extrema-esquerda tomam de assalto os destinos de Portugal acabado de sair de um doloroso resgate financeiro, quando desesperançados pensávamos que tínhamos batido no fundo, o pior estava para vir: emerge André Ventura, com um discurso revolucionário e demagógico, ao pior estilo do PCP e do Bloco de Esquerda, a fracturar uma direita já de si exaurida. Não é preciso (...)