Não me deixam nada sossegado as reservas e até um mal disfarçado desconforto com que as nossas "autoridades" (desde logo Marcelo e Costa) vêm anunciando a tão ansiada campanha de vacinação. Ou é só porque conhecem bem a ineficácia da máquina administrativa do Estado e as limitações dos malabarismos comunicacionais (quando a vaga se levanta é da responsabilidade das pessoas que se portam mal, quando baixa é porque as medidas do governo funcionaram) o "faz de conta do (...)
É sempre uma alegria para mim partilhar a capa de um novo número do Correio Real - a ser distribuído nos próximos dias. Desta revista com 36 páginas destacamos, além de uma homenagem ao Arqº Ribeiro Telles, uma entrevista concedida pelo Infante D. Diniz, Duque do Porto. Digno de relevo é o ensaio do Nuno Miguel Guedes intitulado “A suspensão da descrença” sobre o (...)
Espero que se encontre bem de saúde e em segurança que isto da pandemia é uma grande maçada. Escrevo-lhe porque a minha filha, que sofre de asma, confiou na DGS e está em lista de espera sem perspectiva de vir a receber vacina contra a gripe receitada pela médica de família. Tendo em consideração que é boa miúda, aluna razoável na Faculdade de Direito, a sua amiga lá em Paris por acaso não terá mais uma vacina que possa dispensar?
Sei que este pedido não é muito (...)
Estranho que o caracter revoltado e autodestrutivo de Maradona exerça tamanha atracção a uma determinada opinião publicada "intelectual" e “progressista”. Se é certo que uma alma atormentada é algo que possui inegável interesse literário e inspira muitos artistas, no individuo concreto e naqueles que o amam significa apenas uma incomensurável dor, que tem pouco de revolucionário. Sendo assim, fiquemo-nos pelo futebol que em Maradona - sem moralismos - é o que (...)
Quem me conhece melhor sabe que para mim a celebração do Natal não é uma questão fútil, de comeres e beberes. É com algum espanto oiço na radio Observador um “especialista” daqueles que, por sua vontade já nos encerrava a todos em casa como em Março (escolas e tudo), a recomendar que a festa este ano seja passada nesses termos. As notícias dão conta que noutros países já se equaciona limitar as celebrações natalícias a um determinado número de indivíduos por (...)
Se a história dos 68% dos casos de Covid19 terem origem no meio familiar a justificar o recolher obrigatório instaurado raiava o absurdo – como se o vírus nascesse de geração espontânea dentro das nossas casas - agora que sabemos que afinal só 10% dos casos ocorrem comprovadamente (...)
Sempre fui daqueles que achava o nosso sistema político desequilibrado sem uma ala direita robusta e descomplexada, assumidamente conservadora, liberal e reformista. O que eu nunca pensei é que essa facção emergisse através de um oportunista agarrado a causas tão bizarras quanto a castração química de pedófilos, a segregação dos ciganos ou o anti-parlamentarismo (amigos garantem-me que é um visionário que isso dos ciganos e da castração quimica são só velhos truques para (...)
Em 1878, no ano em que Edison patenteou o seu primeiro fonógrafo, um "senhor de casaca" foi fazer uma demonstração do invento Rei Dom Luís I no Palácio da Ajuda. É o que nos descreve Thomaz de Mello Breyner com muita graça a páginas tantas nos seus diários.
Desculpem-me vocês, pessoas inteligentes e cultas que são minhas amigas: o nosso grande drama na História acontece quando deixamos de ter contacto directo com aqueles que testemunharam o tempo anterior ao nosso. Aí é que nasce toda uma sorte de mitos que nos perturbam a interpretação do passado. Com nefastas consequências no futuro.
Bom seria que se entendesse de uma vez por todas que as profundas convicções ecológicas de Gonçalo Ribeiro Teles, expressas no seu cepticismo pelos excessos da “engenharia” do homem no meio natural, são as mesmas que conduzem e fundamentam as suas convicções monárquicas: Portugal, como nação composta por comunidades naturais autónomas encimadas pela Instituição Real legitimada por 800 anos de história, a consolidar e agregar os portugueses, penhor da liberdade de todos, (...)