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João Távora

Conchita Wurst

 

Tempos houve que a mulher portuguesa vestida de preto com bigode e pelos no queixo representava o atraso civilizacional do nosso País. Era por essa obscura época que todos os anos numa noite de Maio Portugal inteiro suspendia a respiração em frente ao televisor para assistir ao Festival da Eurovisão, na esperança que o seu representante a bater-se com a Europa elegante não ficasse em último lugar - diga-se de passagem que a Simone de Oliveira nem ía nada mal.

Ironia do destino - após décadas de globalização pop, cinema americano e publicidade a cremes franceses, terem metamorfoseado a lusa fácies feminina nas mais cândidas carinhas-larocas - vinda da sofisticada e melómana Áustria uma figura feminina, Conchita Wurst, arrebata a Europa das cantigas e ganha o Festival Eurovisão, exibindo uma densa pilosidade facial, capaz de provocar inveja ao nosso Pedro barroso. Nunca mais acertamos. 

 

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