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João Távora

Depois da tempestade

Tudo indica que Bruno de Carvalho passou à história, e passou a fazer parte do mais negro passado do Sporting. Do seu legado desastroso, para lá do desmantelamento da equipa de futebol profissional e o desastre económico que isso significa, o maior flagelo foi divisão infligida entre os adeptos com a luta de classes que trouxe a terreiro para alimentar uma guerra civil num clube que sempre foi profundamente democrático e interclassista: o Sporting fundado pela burguesia endinheirada do final da monarquia construiu o seu sucesso aglutinando no seu seio e à sua volta pessoas das mais diversas origens sociais e culturais durante mais de cinco gerações. Trazer o preconceito social e estratagemas bolcheviques para a conquista e manutenção do poder foi o mais hediondo crime de Bruno de Carvalho. A liderança que assumir a direcção dos destinos do Sporting tem um trabalho hercúleo pela frente para manter o universo Sporting coeso e a marca atractiva às novas gerações. De todas as classes, culturas e geografias.