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João Távora

Estado de sítio (3)

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Coronavírus hoje em Portugal – 331 casos, 0 vítimas mortais

Ontem foi provavelmente o primeiro domingo em muitos séculos de história da cristandade sem missas dominicais publicas. Para marcar o domingo ontem decidimos almoçar fora… na varanda. O almoço foram umas pernas e peitos de frango que eu mesmo temperei e assámos no forno e comemos com batatas fritas. A nossa despensa está guarnecida como habitualmente, na expectativa de que podemos nos reabastecer quando necessário no supermercado aqui ao lado.
Dizem-me que o padrão estatístico da incidência dos infectados aponta para um quadro muito parecido com o de Espanha, talvez ligeiramente inferior ao verificado em Itália onde o fenómeno terá sido atípico. É fácil entender que a acção isolamento que estamos a empreender de momento só dará frutos daqui a duas semanas. Acho admirável como os portugueses têm voluntariamente acatado as directivas dos técnicos da Direcção Geral de Saúde. O meu desejo secreto era que não fossem necessárias “obrigatoriedades” impostas pelo poder central, estados de emergência ou coisa pior. Mas pelas redes sociais dá para adivinhar uma turba desejosa de imposições centralistas e radicais, estados de sítio e fecho de fronteiras (o que isso queira dizer)…  teme-se o pior. 
O telefone tem sido um utensilio muito importante para contactar os familiares e amigos, trocar impressões e alijeirar inquietações. Pelo terceiro dia consecutivo recitámos o terço ao final da tarde, e acho que os miúdos até estão a gostar do sentimento de cumplicidade que a oração em família convoca. O mais difícil está a ser por o miúdo mais pequeno a estudar as matérias do programa escolar que nos foram remetidas pela escola, mas a coisa vai ao sitio, com paciência e às vezes voz grossa.
Entretanto soube-se que os Genesis, ou o que resta daquela banda extraordinária do início dos anos 70 (Peter Gabriel e Steve Hackett não estão para chatices), vão reunir-se para uma tournée no Reino Unido em Novembro. Assim que a epidemia passar prometo empenhar-me na organização duma espécie Prós e Contras, com os melhores especialistas sobre o tema (um deles sou eu)… e bar aberto. Acho que o sucesso é garantido.

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