I rest my case
Uma enfermeira que conheci nos anos noventa em Coimbra, num sitio de sofrimento, disse-me algo que nunca mais esqueci: é preciso respeitar profundamente os padecimentos de cada pessoa, pois a sua dor é sempre a maior e a mais insuportável de todas, porque é ela e mais ninguém que a sente na pele, com a lente da sua sensibilidade e fragilidades, circunstanciais ou não.
Este exemplo, ao contrário do que parece, serve para perceber a importância do olhar exterior para a pessoa condicionada e suas circunstâncias. E os equívocos que uma perspectiva individualista da questão encerra, mais ainda quando pode ser causa duma decisão irreversível. Muito menos delegá-la ao Estado.