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João Távora

O azar não veio só com os Távoras

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Um dia destes ainda publico a história contada pelo meu pai na "Heráldica da Casa de Abrantes" sobre meu antepassado, Dom João Rodrigues de Sá e Meneses (conjurado de 1640), que foi a Londres em 1652 em embaixada do rei D. João IV para negociar a paz com o Cromwell (exigiam a eliminação de taxas aduaneiras e a entrega de dois príncipes Stuarts acolhidos por Portugal entre outras impossibilidades). Se a situação já era delicada ao fim de vários meses de impasse na capital londrina, numa noitada fatídica dá-se o terrível caso de Dom Pantaleão, do irmão mais novo que o Embaixador em má hora decidiu fazer-se acompanhar na comitiva, ter-se metido numa escaramuça em que resultou um Lord inglês morto acidentalmente. Pois vejam lá que o rapaz, depois de 8 meses preso na Torre de Londres, e de muitos pedidos de indulto e intervenções diplomáticas, foi impiedosamente mandado enforcar por Cromwell - diz-se que o morgado nunca se refez desta desgraça. Isto também ajuda a explicar a aversão à república na minha família que como se vê já vem de longe. E que o azar não veio só com os Távoras.