Dizem as más-línguas que a memória nas experiências audiófilas é como a dos peixes, sendo por isso que regra geral se aceita como boa qualquer coluna de som no formato duma lata de Coca-cola, e as novas gerações pouco se importam com o suporte em que ouvem música, desde logo pelo telemóvel, tendo a indústria da "alta-fidelidade" chegado aos dias de hoje como objecto de interesse dum restrito número de extravagantes ou novos-ricos. Porque me identifico com os primeiros (e tenho (...)
A estereofonia foi de facto um passo decisivo na história da indústria fonográfica e do áudio no caminho para a “Alta-fidelidade” (que era o nome que se dava à reprodução sonora tão próxima da realidade quanto possível). Entre os anos sessenta e os anos oitenta era relativamente comum encontrar em lugar de destaque numa casa de classe média/alta um bom sistema de som – que em abono da verdade nada tem a ver com os actuais artefactos para a criação de efeitos de (...)
Quando pelo final dos anos setenta a qualidade da gravação e de fabrico de discos atingiu o seu auge, um dos maiores desafios dos fabricantes de gira-discos high end era a erradicação de qualquer interferência na leitura do disco, por exemplo com com cabeças de bobine móvel extremamente sensíveis, do atrito provocado pelos elementos mecânicos da máquina. É nesse (...)