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João Távora

19.Mar.23

A era do pai

João Távora
A maior “revolução” operada na sociedade contemporânea, subtil e orgânica, é aquela que acontece na relação entre o pai e os filhos. Maior do que as conquistas femininas nas suas carreiras, de ministras, deputadas, dirigentes ou simplesmente nos estádios de futebol. Os sinais de mudança começaram há alguns anos e o meu pai ainda esboçou algum esforço, em desajeitadas mas sinceras expressões de afecto e cumplicidade. Mas a rigidez dos “papéis” estava-lhe demasiado (...)
22.Fev.22

Viveu depressa e afincadamente

João Távora
Apesar da dura vida que teve em adulto e da precaridade financeira que tanto o amargurou pelos anos afora, o meu Pai nunca deixou de ter presente a forte noção do serviço que o seu estatuto comportava, tendo empreendido uma obra de investigação e produção intelectual ao serviço dos outros. Sobre ele escreveu o Carlos Bobone: «O Marquês de Abrantes viveu cedo. Nascido em 1937, casou aos 22 anos e foi pai aos 23. Aos 28 era pai de cinco filhos. Com 24 anos tornou-se chefe de uma (...)
09.Fev.22

Uma ligação improvável

João Távora
Não deixa de ser no mínimo curiosa a ligação que se desenvolveu entre os franceses e a Casa de Abrantes durante o séc. XIX, deste logo com o palácio de Santos que hoje é uma das mais luxuosas embaixadas do Estado Francês no mundo inteiro. Deduz-se das memórias de Laure Permon que o Casal Junot terá frequentado o Palácio de Santos, quando o futuro General esteve em Lisboa entre 1805 e 1806 em “missão diplomática”. O V Marquês de Abrantes, terá sido por diversas vezes seu (...)
22.Jul.21

Sintra, 1962

João Távora
Gosto muito desta fotografia, julgo eu que tirada pelo meu pai no jardim da nossa casa em Sintra (foi morada de família durante cerca de dois anos antes de irmos em definitivo para Campo de Ourique) cálculo que verão de 1962. Com um ótimo enquadramento, nela figuram a minha saudosa avó Xunxinha, Condessa de Castro, que tanto marcou a minha infância; ao seu colo está o meu irmão José e à esquerda o meu primo homónimo João de Castro, que foi também um belo companheiro de (...)
16.Abr.21

O azar não veio só com os Távoras

João Távora
Um dia destes ainda publico a história contada pelo meu pai na "Heráldica da Casa de Abrantes" sobre meu antepassado, Dom João Rodrigues de Sá e Meneses (conjurado de 1640), que foi a Londres em 1652 em embaixada do rei D. João IV para negociar a paz com o Cromwell (exigiam a eliminação de taxas aduaneiras e a entrega de dois príncipes Stuarts acolhidos por Portugal entre outras impossibilidades). Se a situação já era delicada ao fim de vários meses de impasse na capital (...)