Confesso que acho uma completa falta de noção a auto-satisfação evidenciada pela administração autárquica socialista de Lisboa que já dura há catorze anos. Para lá duma recente e insuficiente reanimação do mercado imobiliário - e consequente reabilitação duma quantidade considerável de edifícios da cidade - que tem como origem a chamada "Lei Cristas" e da recuperação de alguma actividade económica que advém do boom verificado no turismo (um fenómeno iniciado no (...)
As eleições autárquicas são o pilar fundamental de qualquer democracia evoluída. O poder autárquico e o seu exercício aproximam as pessoas do poder e, ao mesmo tempo, tornam patente a necessidade, eu diria a urgência, da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum.
Os concelhos e as freguesias (e antigamente as paróquias) são o nosso chão comum primário, comunidades de pertença fundamental, espaço privilegiado de realização humana, só (...)
O resultado histórico obtido pelo CDS em Lisboa – que tem bem mais actores que a surpreendente Assunção Cristas - a vitória de Rui Moreira e a perda de influência autárquica do jurássico PCP, não disfarçam a má notícia que é a derrota global da direita no país, vencida pela falsa sensação de prosperidade que a conjuntura económica internacional favorece num ambiente historicamente inédito de paz social que a domesticação das esquerdas radicais proporcionou. A verdade (...)
Ironia do destino, a assunção de que o PSD concorrerá sozinho à CML surgiu pela boca de Pedro Passos Coelho no dia em que uma sondagem apontava para a preferência dos eleitores á direita por uma coligação. Uma péssima notícia para aqueles que viam nas próximas autárquicas uma oportunidade de castigar a esquerda pela trágica gestão que vem praticando no maior município do país. Digo isto com a autoridade de quem nunca foi um sectário do CDS, antes um pragmático que (...)
Ao contrário da maioria dos comentadores políticos, não me parece que o governação PSD - CDS “do ajustamento” condene fatalmente os resultados eleitorais de Outubro das autarquias, que afinal se regem por lógicas próprias de proximidade, a meros plebiscitos aos candidatos da esquerda. Suspeito sim que alguns dos desastres que se prenunciam à direita, aconteçam por outras causas, antes de mais ligadas com a ética e que aqui exponho em três pequenas notas.
1) Se não (...)
De forma gratuita, Pedro Santana Lopes prepara-se afrontar os monárquicos portugueses convocando o letárgico Partido Popular Monárquico para a sua coligação à Camara Municipal de Lisboa. Estranho que os seus conselheiros não o tenham advertido de que o PPM se tornou num instrumento de promoção pessoal do Sr. Câmara Pereira, adversário dos monárquicos portugueses e persona non grata à instituição real que estes prezam e honram. Tendo em conta o cariz supra-partidário da (...)