Talvez fosse importante perceber o que motiva o leitor na era digital a comprar um jornal. Confesso que, talvez por comodismo, há muitos anos que compro o Expresso, que, para lá de alguns colunistas que me habituei a seguir, cada vez menos me vem surpreendendo com algum trabalho de verdadeiro interesse. Já me tem acontecido comprá-lo e esquecer-me de o ler. Dizia alguém há dias numa rede social que a razão da crise nos jornais em particular e no jornalismo em geral é que, perante (...)
A defesa da liberdade de expressão é sem dúvida uma prioridade inalienável para a salvaguarda duma nação que queremos dinâmica, inclusiva e dialogante. Mesmo que dessa liberdade emerjam os mais ignóbeis discursos de ódio e uma sempre perigosa conflitualização do debate político – essa é, sabemo-lo, a grande fragilidade da democracia. Que tal radicalização seja inevitável nas redes sociais, em que tantos bons chefes de família perdem a compostura por dois minutos de (...)
A confirmação veio através de um post do próprio Alberto Gonçalves no Facebook: “só para evitar confusões: saí do DN por vontade da direcção”. Custa-me a acreditar que um jornal como o Diário de Notícias, que luta pela sobrevivência no exíguo espaço que sobeja para a imprensa dita “tradicional”, dispense um dos mais talentosos e populares cronistas (...)
Na leitura de “As Vantagens do Pessimismo” do filosofo britânico Roger Scruton chamou-me a atenção a antiguidade da escola secundária High Wycombe Royal Grammar School, frequentada pelo autor, estabelecimento de ensino público (gratuito) fundado em 1542 em High Wycombe, Buckinghamshire. A questão remete-me para o significado e importância da longevidade das (...)
Estas últimas semanas foram agitadas no universo da imprensa portuguesa que, como no resto do mundo desenvolvido evidencia uma tão prolongada quanto funesta inadaptação a um novo modelo de consumo de informação emergente da Internet. O anúncio do lançamento do projecto Observador, um jornal de linha (...)