Não me espantou muito ontem no noticiário das 13:00hs da rádio Observador ouvir uma curta reportagem de uma manifestação em Madrid pelo direito à habitação, que incluía um testemunho de uma Mortágua lá do sítio, apresentando soluções simples para aquele problema complexo, à boa maneira dum qualquer partido populista ou revolucionário “contra os interesses dos bancos, das grandes empresas e dos rentistas”. Fadados a suportar por cá as nossas mortáguas e similares, (...)
Antigamente comprava-se um ou outro jornal quotidianamente, diário ou semanário, consoante o atractivo que apresentava, escolhido por causa dum colunista específico ou algum assunto destacado na capa. Gosto muito de ler jornais, por isso hoje teimo comprar um semanário ao fim de semana e assino um jornal online para a família toda, independentemente dos conteúdos diários que apresente. Salvaguardadas as diferenças, confesso que esta greve dos jornalistas se assemelha demasiado (...)
Não deixa de ser irónico que hoje segunda-feira, enquanto em Bruxelas se arrastam as negociações por umas côdeas com que a Europa nos vai acudir para fazermos face à brutal crise económica que se prenuncia no horizonte, o tema de abertura do noticiário das 9:00 da manhã da rádio Observador tenha sido o das vitimas do incêndio florestal em Santo Tirso e uma pertinente entrevista ao sagaz bastonário da ordem do médicos veterinários. Pelo que me apercebi a peça era sobra duma (...)
Não sei até que ponto a recente mania das "Fake News" corresponde à do demonizado "boato" que nos tempos do PREC os revolucionários combatiam com o denodo de um censor soviético. Também não sei onde nasciam esses boatos, se nos gabinetes dos políticos, nas messes dos oficiais do MFA, ou na praça pública, fervilhante daquilo a que hoje se chamam “activistas”, imbuídos de sua natural vertigem sectária. Hoje como sempre, o controlo da "revolução" passa pelo domínio da (...)
Pela minha parte tenho como verdadeiros os atributos e competências atribuídas pela jornalista Maria Teixeira Alves a Ricardo Salgado que o Daniel insinua serem padrão da atitude de servilismo existente em relação aos poderosos. Até poderá ter alguma razão mas enganou-se no exemplo. Sei por vários testemunhos pessoais como o banqueiro é uma pessoa de trato fácil, (...)
Ontem numa crónica publicada no jornal Expresso a ilustrar uma investigação jornalística sobre a alegada política de exclusão de links no Google “a pedido” no âmbito da questão recentemente levantada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia do pretenso “direito ao esquecimento”, o seu autor, Miguel Cadete, além de outros equívocos levanta suspeitas sobre a transparência utilizada na indexação de conteúdos daquele motor de busca. Vale-nos como desconto a declaração de interesses que o jornalista evoca ao (...)
Estas últimas semanas foram agitadas no universo da imprensa portuguesa que, como no resto do mundo desenvolvido evidencia uma tão prolongada quanto funesta inadaptação a um novo modelo de consumo de informação emergente da Internet. O anúncio do lançamento do projecto Observador, um jornal de linha (...)
Um jornal de referência de um País que não quer ter filhos entrega a tarefa de escrever um artigo sobe a natalidade à Fernanda Câncio. Assim, o Diário de Notícias presenteou ontem os seus leitores com "Uma barragem contra o Pacífico" (...)
Estou cansado que me chamem, mesmo em entrelinhas, bárbaro e retrógrado, numa indisfarçada campanha maniqueísta da nomenklatura dominante. É nesse sentido, com alguma impaciência que encontro no Expresso de hoje a notícia assinada por um tal Angel Luís de La Calle sobre o projecto da nova lei do aborto colocado em discussão pelo governo espanhol, que pleno de (...)
Henrique Monteiro na sua coluna no Expresso do passado Sábado lamentava-se da transformação da política num jogo de criação e gestão “casos” tão estéreis quanto retumbantes. É um facto inegável que os políticos acabam sequestrados, quando não cúmplices desta perversa lógica, que relega para segundo plano aquilo que deveria ser o seu verdadeiro e nobre (...)