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João Távora

16.Jun.20

No início eram os Genesis

Um indispensável tributo a uma banda de culto

João Távora
Poderia justificar estas linhas com os 50 anos da publicação do primeiro álbum de originais do Genesis, o Trespass de 1970 (From Genesis to Revelation, de Março de 1969, é na verdade uma colectânea de singles), mas a ideia veio-me à cabeça por causa de uma velha disputa entre facções musicais, que recentemente ressurgiu em pequeno comité nas redes sociais: de um lado, os puristas da popanglo-saxónica de 4 minutos, um bom poema com um refrão repetido duas vezes; e do outro (...)
31.Ago.19

Dois discos que levarei para a ilha deserta

João Távora
O que têm em comum dois daqueles que para mim são dos melhores clássicos da pop “The Lamb Lies Down on Broadway” dos Genesis de 1975 e “OK Computer” dos Radiohead de 1997? Para lá dos diferentes contextos e épocas em que foram produzidos e de serem ambos álbuns duplos com mais de uma hora de boa música, tem em comum uma extraordinária densidade e diversidade melódica, um constante confronto entre a rebeldia e a ternura, a revolta com a mansidão, o épico com o ligeiro. (...)
12.Abr.18

Música para os meus ouvidos

João Távora
Já não é a primeira vez que ao revisitar velhos amigos reparo que baniram os discos, os CDs e a aparelhagem sonora da sala, ou a têm desmontada a um canto. Isso entristece-me, principalmente quando são daqueles que tinha por melómanos, com quem partilhei na juventude a descoberta de novas sonoridades ou de velhos clássicos em audições que eram como que sessões religiosas. Claro que para a maior parte dos meus amigos ou colegas de escola a música nunca terá sido propriamente um (...)
05.Jan.17

Discos e riscos

João Távora
Para uns delicados ouvidos analógicos como os meus é reconfortante verificar como, a par do vertiginoso processo de desmaterialização da música e do crescimento exponencial do seu consumo através das de plataformas de streamingcomo o Spotify, Apple Music ou o Google Play, o mercado do vinil vai-se afirmando como uma consolidada alternativa para os verdadeiros melómanos e audiófilos. A comprová-lo basta verificar o espaço a ele reservado nas lojas Fnac, já para não falar da (...)
12.Nov.16

O Amor é que nos salva

João Távora
  Magnified, sanctified, be Thy holy name Vilified, crucified, in the human frame A million candles burning for the help that never came You want it darker Hineni, Hineni I'm ready, my Lord   Passados os cinquenta a morte passa a fazer parte do nosso dia a dia como Espada de Dâmocles, quase nos habituamos à surpresa de ver partir os muitos que amamos e outros que, sem uma relação pessoal mas sendo uma referência, simpesmente nos habituaram a uma reconfortante coexistência. Na (...)
12.Dez.15

Os 100 anos de Frank Sinatra

João Távora
Curioso como as mais variadas homenagens e tributos que por estes dias se fazem a Frank Sinatra não referem um ponto que me parece fundamental. A popularidade desta consagrada estrela mundial norte-americana é inteiramente fruto da poderosa indústria fonográfica que se desenvolveu estrondosamente durante a sua vida. Acontece que Sinatra não se distingue na arte da composição musical ou poesia mas exclusivamente ela sua sólida e aveludada voz barítono, que veio a ser difundida (...)
14.Abr.15

Fatal como o destino

João Távora
A meio da vida apercebemo-nos que há algures um céu onde repousam esquecidas imensas maravilhosas canções. Apesar de terem encantado e mexido fundo no espírito de gerações, foram fadadas a morrer com as suas memórias.  
14.Abr.15

I'm a Fool to Want You

João Távora
Já disse noutras ocasiões como tenho dificuldade em escrever sobre discos que não gosto, e como a coisa piora muito quando me apaixono por algum – talvez com receio do ridiculo que são sempre as declarações de amor. É por isso que venho adiando estas palavras sobre Shadows in the Night, o 36º disco de Bob Dylan que nos surpreende com a interpretação nasalada e displicente de dez (...)
10.Abr.15

A chancela divina

João Távora
Constato que as milhares de peças musicais de distintos géneros e autorias com que me deleito em minha casa, são uma ínfima parte do património existente e das novas criações que todos os dias nos surpreenderiam se as pudéssemos abarcar a todas com o coração aberto. Uma prova do cariz transcendente da música, e por consequência da marca divina (...)