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João Távora

06.Mai.23

A Coroação do Rei Carlos e o Síndrome de Estocolmo português

João Távora
A Coroação de Carlos III que ocorre hoje coincide com o 115.º aniversário da aclamação de D. Manuel II, último rei de Portugal até à data. Foi exactamente neste dia, em 1908, três meses depois do miserável assassinato do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe no Terreiro do Paço, que o jovem rei se dirigiu ao palácio de São Bento para a cerimónia pública que simbolizava a comunhão entre o soberano e o seu povo, que o reconhecia como o primeiro entre iguais. (...)
15.Set.22

A pátria com figura humana*

João Távora
A esquerda radical, numa reacção pavloviana, reagiu poucos dias depois da morte da rainha Isabel II incomodada com o espectável dilúvio mediático resultante do acompanhamento das cerimónias fúnebres e de transição na monarquia – pena é que não tenhamos mais oportunidades de abordar o tema subjacente. Nesse sentido, são exemplos os artigos de Daniel Oliveira no Expresso e Carmo Afonso no Público que, vexados, verberam contra a forma de governo monárquica, desprezando o (...)
02.Fev.22

O caso da coroa romena e o movimento monárquico em Portugal - Uma lição

João Távora
O fenómeno de afirmação da coroa romena, pairando acima da república que nos anos 90, com várias nuances e progressivamente ocidentalizada, substituiu a tirânica ditadura comunista de Ceaușescu, deveria fazer-nos pensar. O carismático Rei Miguel (1921 — 2017), expulso da sua pátria em 1947 pelo governo pró-soviético teve um papel fundamental para que tal acontecesse. Autorizado a voltar à Roménia em 1992, só em 1997 recuperou a cidadania romena que lhe havia sido retirada (...)
24.Dez.21

O fim da linha?

João Távora
Curioso é como o PPM, o maior equívoco do movimento monárquico português (que se justificou no início do regime pela qualidade humana intelectual dos seus fundadores) pela primeira vez desde a sua fundação não irá concorrer a umas eleições legislativas sem ninguém dar pela falta. Isto é que é morrer de forma pacata - antes assim. Talvez seja tempo dos partidos formarem nas suas estruturas núcleos monárquicos uma ideia que há muito defendo.
12.Set.21

Eleições autárquicas, os monárquicos, e a minha querida cidade de Lisboa *

João Távora
As eleições autárquicas são o pilar fundamental de qualquer democracia evoluída. O poder autárquico e o seu exercício aproximam as pessoas do poder e, ao mesmo tempo, tornam patente a necessidade, eu diria a urgência, da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum. Os concelhos e as freguesias (e antigamente as paróquias) são o nosso chão comum primário, comunidades de pertença fundamental, espaço privilegiado de realização humana, só (...)
06.Jan.21

Repensar a república em Dia de Reis

João Távora
As eleições presidenciais que terão lugar daqui a poucos dias constituem mais uma oportunidade para os monárquicos dissecarem o nosso sistema semipresidencialista, apontarem as suas fragilidades e contradições e recordarem publicamente outros modelos, vigentes em destinos mais bem-sucedidos que o nosso. O tema também interessa aos simpatizantes realistas que – imbuídos dum cândido pragmatismo - entendem que a sua participação cívica na eleição presidencial é útil numa (...)
04.Dez.20

Já em trânsito nos correios

João Távora
É sempre uma alegria para mim partilhar a capa de um novo número do Correio Real - a ser distribuído nos próximos dias. Desta revista com 36 páginas destacamos, além de uma homenagem ao Arqº Ribeiro Telles, uma entrevista concedida pelo Infante D. Diniz, Duque do Porto. Digno de relevo é o ensaio do Nuno Miguel Guedes intitulado “A suspensão da descrença” sobre o (...)
05.Ago.20

Os monárquicos e a crise espanhola

João Távora
O escândalo à volta do Rei de Espanha constitui uma tragédia, desde logo no que diz respeito à sobrevivência do país vizinho tal como o conhecemos. Independentemente de se vir a provar que João Carlos I praticou actos criminosos (o princípio da presunção de inocência também existe em Espanha), as suas falhas, vindas a lume no final do seu reinado, vêm manchá-lo indelevelmente. Essa mancha cobre injustamente o seu papel corajoso, fundamental e insubstituível para a (...)
28.Mai.20

Agora sobre coisas sérias:

João Távora
Este número do Correio Real a sair em breve foi preparado em tempos adversos, de grande consternação e incerteza por causa da crise sanitária. Neste período, vários foram os eventos da Real Associação de Lisboaadiados por esse imperativo, e por isso decidimos reforçar o empenho editorial. Fomos largamente compensados. Desta revista eu destacaria particularmente a primeira entrevista concedida pela Infanta (...)
09.Jan.20

Da moderação à boa doutrina

João Távora
© Homem Cardoso A radicalização do debate e a polarização que se vem verificando na vida política em Portugal, se bem que de forma menos acentuada que noutros países europeus, remete-nos para aquelas que são das mais importantes características de um Príncipe na contemporaneidade, e que os monárquicos deveriam acalentar: a sua independência e imparcialidade. Como escrevia Francisco de Sousa Tavares no seu ensaio “Combate Desigual” de 1960, “(…) Nas grandes crises (...)