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João Távora

25.Mar.25

O dia seguinte

João Távora
O outro grande derrotado das eleições na Madeira foi a Comunicação Social. Ora, o problema que mais contribui para o divórcio da Comunicação Social com os consumidores é que os jornalistas preferem escrever para os quadros e militantes dos partidos em vez de escrever para os eleitores, focados nos seus anseios e apreensões. E depois, o que é pior, é que não disfarçam o desejo de nos educar. Outra coisa: quando, a propósito dessas eleições, os jornalistas e comentadores (...)
04.Jan.25

Percepções

João Távora
A propósito da polémica gerada à volta da rusga na Rua do Benformoso, a esquerda em peso, na sua tradicional rejeição da burguesa autoridade policial, veio berrar contra o perigo das políticas condicionadas por “percepções”. Como se não fosse a função principal dos políticos gerir e cuidar das percepções geradas pela realidade que cada um experimenta. De resto uma percepção não é errada em si e é bom que cada um leve a sério as suas. A esquerda é aliás mestre no (...)
17.Abr.24

E pur si muove!

João Távora
Da leitura que faço da história de Portugal na primeira metade do Séc. XX, fico com a ideia clara de que Salazar se limitou a governar ao “centro” que é para onde empurram sempre os ventos da História. Tenho o entendimento de que o chamado “centro” em política é simplesmente o pensamento dominante em determinada época. Ou seja, a luta política pelos seus actores e lideranças sectárias, não é mais do que a promoção de um determinado modelo de ideias no espaço do (...)
29.Dez.23

Chega de disparates

João Távora
Em 1893, num período de grande agitação política subsequente ao Ultimato, à revolta republicana no Porto em plena ascensão do republicanismo em Lisboa, o meu bisavô homónimo João de Lancastre e Távora envolvia-se publicamente numa polémica, através duma carta publicada no jornal “Novidades”, com o presidente do partido Legitimista de que era destacado membro, o Conde de Redinha. Acontece que este tinha publicado dias antes um artigo de fundo no jornal “A Nação” em que (...)
28.Out.22

Lucros excessivos, cartazes no marquês e a nossa triste sina

João Távora
Talvez por coincidência, enquanto o António Costa e o PS, ao estilo mais populista e demagógico, aliados com a extrema-esquerda tomam de assalto os destinos de Portugal acabado de sair de um doloroso resgate financeiro, quando desesperançados pensávamos que tínhamos batido no fundo, o pior estava para vir: emerge André Ventura, com um discurso revolucionário e demagógico, ao pior estilo do PCP e do Bloco de Esquerda, a fracturar uma direita já de si exaurida. Não é preciso (...)
28.Out.21

O "ter de ser"

João Távora
A razão de ser do sucesso do contra-almirante na campanha da vacinação Covid19 foi o método da "task force". Qual é o truque? Fiz parte de algumas nos anos 90 criadas no MNE, a mais ambiciosa das quais aquela que operacionalizou a Cimeira da OSCE '98 que reuniu em Lisboa durante 3 dias 52 Chefes de Estado e de Governo - além dos ministros, Sec. de Estado, comitivas diplomáticas, esposas e esposos - uma logística incomensurável impregnada de gente importante, sensibilidades e (...)
09.Jun.21

A maçã de Adão

João Távora
Talvez a festa dos 50 anos do Adão e Silva inclua uma cimeira de chefes de Estado, uma ópera, um festival de cinema, outro de teatro, um pavilhão novo no Parque das Nações e uma ida à Lua - eventos é connosco. Talvez assim justifique o orçamento - afinal temos de gastar a massa da bazuca, não é? Agora a falar a sério: acho um enorme disparate um festejo demasiado ostensivo do regime pelos seus autoproclamados donos. Cada vez é mais evidente a fractura social entre os que pagam (...)
14.Abr.21

A brincar com o fogo

João Távora
Parece-me evidente que a comoção nacional da passada sexta-feira não teve expressão clara nos partidos do sistema. Ademais o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa quanto às questões levantadas pela decisão instrutória de Ivo Rosa é gritante. O respeito pela independência dos órgãos de soberania que não se dão ao respeito não explica tudo. Para mim que sou um conservador que preza instituições sólidas tudo isso parece-me um grave prenúncio. Que nos (...)
28.Jan.21

Confinados...

João Távora
É impressão minha ou no meio da comoção com a pandemia, o governo perdeu definitivamente qualquer coerência discursiva? Depois do "milagre português" na guerra contra o Covid-19 se ter transformado no pesadelo dos portugueses; ao mesmo tempo que se prenunciam atrasos na distribuição das vacinas na Europa começamos a perceber que a oligarquia que nos pastoreia já cuidou de garantir prioridade de vacinação aos apaniguados do costume, os que lhes garantem o poder absoluto sobre o (...)
18.Nov.20

Ainda acham que vai tudo ficar bem?

João Távora
Sempre fui daqueles que achava o nosso sistema político desequilibrado sem uma ala direita robusta e descomplexada, assumidamente conservadora, liberal e reformista. O que eu nunca pensei é que essa facção emergisse através de um oportunista agarrado a causas tão bizarras quanto a castração química de pedófilos, a segregação dos ciganos ou o anti-parlamentarismo (amigos garantem-me que é um visionário que isso dos ciganos e da castração quimica são só velhos truques para (...)