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João Távora

13.Jul.14

Um fado bem podrtuguês

João Távora
Aquela mórbida idolatria promovida à volta de Cristiano Ronaldo no mês que precedeu o Mundial de Futebol, que ironicamente coincidiu a campanha publicitária da sua parceria com a D. Inércia do Banco Espirito Santo, definitivamente não era um bom prenúncio. Para mais, além de ser um excepcionalmente dotado atleta que não se poupa ao empenho nos seus objectivos, acontece (...)
23.Nov.12

Sabia que oficialmente somos apenas um adjectivo?

João Távora
  O presidente Felipe Calderón afirmou querer mudar o nome oficial dos Estados Unidos do México, simplesmente para “México”.  Para aqueles que não sabem, a nossa designação oficial é um absurdo adjectivo: "república portuguesa". Não deveríamos nós seguir o exemplo e adoptar simplesmente o nome "Portugal", uma herança com novecentos anos que uns quantos intrépidos sonhadores gostariam de preservar? E se querem saber, pela minha parte também trocava a bandeira que em (...)
22.Nov.12

Amnésia colectiva

João Távora
  A “memória colectiva” é um peculiar conceito alimentado pelas oligarquias do regime com a tralha politicamente correcta e a espuma dos dias que anima os vencedores na sua mesquinha luta pelo poder. Curiosamente nessa “memória selectiva” os heróis e os símbolos são escolhidos criteriosamente de um cardápio ideológico com o horizonte máximo de três ou quatro (...)
02.Jul.09

Em busca dum novo túnel, com luz ao fundo

João Távora
A maneira como o Partido Socialista desbaratou quatro anos de maioria absoluta prova que a questão da governabilidade do país não depende tanto da dimensão dessa maioria, mas antes do programa eleitoral em causa, da coesão do governo e da sua capacidade deste mobilizar o país para uma urgente mudança de rumo. Ou parafraseando o nosso José Mendonça da Cruz, há luz se mudarmos de túnel. Adorei esta frase!  
22.Jun.09

Da mediocridade

João Távora
Os portugueses dizem à boca cheia que a culpa do seu atávico conformismo e da sua proverbial mediocridade é da inveja (dos outros), sentimento que pelos vistos (os outros) são especialmente atreitos. Ora, quanto mais ambicioso é um desempenho, maior será a “reacção” alheia (inveja) e essa coisa até poderá causar algum incómodo ou inquietação. É assim que, como profilaxia ao conflito, o português prefere então não fazer nada: é usual escutarmos lamentos dos (...)
19.Jun.09

Refundar a Direita

João Távora
Como já conversámos ontem ao jantar, caro Duarte Calvão, eu também refundava a Direita. As soluções actuais em torno do “centrão” estão gastas e estafadas: se bem me lembro, na última experiência governamental à direita, e perante as intenções reformistas manifestadas, o roído de fundo das corporações, dos sindicatos e comunicação social tornou-se ensurdecedor meia legislatura antes (...)
15.Jun.09

O "público" é quem mais ordena

João Távora
Terminada esta curta sealy season de Junho, sobeja-me um comentário sobre as bisbilhotadas férias de Cristiano Ronaldo, e as cenas da vida privada  de Berlusconi que por estes dias assaltaram a minha pacata existência. Hoje é com excessiva facilidade que os "media" criam e destroem ídolos e vilões para todos os públicos: Ronaldo e Berlusconi, quais gladiador e césar, emergem da mesma decadente adolescentocracia em que falar de Clássicos é entendido como referência aos (...)
08.Jun.09

Não tenhamos ilusões

João Távora
Mesmo que se confirme uma desejável viragem política nas próximas eleições legislativas, este país manterá um profundo problema de ingovernabilidade estrutural: um descrédito generalizado no regime e nas suas instituições, um estado paternalista e asfixiante, e uma congénita indolência dos portugueses. Mudar este último paradigma é o verdadeiro desafio nacional: é em cada individuo que terá que se operar uma mudança de atitude, de empenho, que viabilize Portugal.  Os (...)
11.Mai.09

A bem da pátria

João Távora
Não sei porquê anda para aí meio mundo preocupadíssimo com a perspectiva de nenhum partido obter maioria absoluta nas próximas legislativas. Sem se rirem às gargalhadas dizem temer que o país venha a tornar-se ingovernável. Então expliquem-me como se eu fosse muito burro: o que é que ganhou o país com a maioria absoluta socialista? E as reformas prometidas? E o confronto com as corporações? Ou será que tudo não passou dum mero jogo de intimidação ao género canino (...)
10.Mai.09

Da forma e do conteúdo

João Távora
“porque é que a Inglaterra mantém um regime monárquico, liberal e ordeiro, enquanto na Europa temos agora a paixão pelo despotismo popular e republicano, no lugar antes ocupado pela paixão pelo absolutismo real?” Edmund Burke* Acredito na democracia como o melhor meio para uma sociedade mais justa, promotora da liberdade, da igualdade de oportunidades, e responsabilizadora de todos nos destinos da comunidade. No entanto a democracia não dá respostas a tudo: os (...)