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João Távora

28.Mar.08

Não é um avião, não é um pássaro, é uma jornalista em órbita!

João Távora
De certo modo admiro a retórica e o moralismo de conveniência da jornalista Fernanda Câncio. No seu apontamento de hoje no Diário de Notícias descobre-se que afinal toda uma  nação ensandeceu à sua volta e que o facto a ter em conta no caso da “professora brutalizada pela aluna no Carolina Michaëlis ” é a abusiva utilização de imagens “privadas” do youtu (...)
24.Mar.08

Sobre a boa educação

João Távora
Um dos grandes equívocos da “cultura” urbana vigente é a pressuposta benignidade pedagógica da outorgação do livre arbítrio quase incondicional ao jovem adolescente, que por natureza é rebelde e transgressor. Parece-me a mim que um adolescente responsável e ponderado é uma aberração. Lá em casa, a liberdade que vamos concedendo aos miúdos é controlada à distância e à condição do mérito patenteado nas tarefas e projectos em que estão envolvidos. Por (...)
07.Mar.08

O dever e o devir

João Távora
Alguém de boa fé me garante que os professores - uma das maiores corporações sustentadas pelo nosso ancestral estado providência - acolheria de forma racional e cooperante, de qualquer governo que fosse, um sistema de avaliação que minimamente premiasse o mérito e combatesse a mediocridade e o desperdício de recursos? Pela minha experiência pessoal e através da relação que mantenho com o sistema de ensino através dos meus miúdos, já conheci professores de qualidades humanas (...)
25.Fev.08

Uma cobardia sem idade

João Távora
Foi com espanto e choque que recentemente a minha mulher e eu testemunhámos uma cena de violência ente um casal de jovens adolescentes, enquanto tomávamos um café junto à estação de S. João do Estoril. Consta que é vulgar na urbana "movida" juvenil (equivocas conquistas da propalada “igualdade de géneros"?), mas a cena pareceu-nos macabra: na plataforma da estação e perante a passividade do restante grupo de teenagers , um dos  jovens, aplicava (...)
13.Fev.08

Amanhã é dia de quê?

João Távora
Diz que amanhã é Dia dos Namorados. Mas o "dia dos namorados" não é quando "o homem quiser". De nada serve um ramo de rosas congeladas compradas à noite, à vinda de Cascais, onde vou buscar o rapaz ao treino. No trabalho não há escapatória, que amanhã é dia da newsletter... e ainda não temos a versão em inglês. E o bebé ainda estará com aquela constipação que tanto nos afligiu esta noite? Será que aquilo é uma otite? E que, tal despachados os miúdos, aproveitarmos a (...)
07.Fev.08

Uma realidade inconveniente

João Távora
A dignidade e qualidade de vida na velhiceé uma questão sobremaneira pertinente nos tempos que atravessamos. E quando aqui refiro "velhotes", não falo do dinâmico e promissor “segmento de mercado” em gozo de generosas reformas antecipadas. Não me refiro a essa nova classe etária à qual se apelidou de “sénior”, com que se ilustra graficamente os anúncios de cruzeiros, viagra ou fraldas descartáveis. Refiro-me aos velhos-relhos, débeis e alquebrados, para quem até um (...)
21.Jan.08

Portugal 2008

João Távora
O povo nas cidades desceu à rua, não para reclamar o preço do pão ou do leite, protestar contra a carga fiscal ou o preço da gasolina. Desceu à rua para fumar um cigarrinho.
19.Jan.08

E a vida continua

João Távora
Acabo de chegar da Ota, dum agradável almoço com parentes e amigos no Clube de Tiro local. Entre os convivas, alguns vivem lá e detêm terras ou negócios na zona. O único comentário que ouvi ao malogrado aeroporto foi: “Depois de trinta anos de expectativas, as hipóteses eram duas; ou ganhávamos dinheiro ou sossego. Ganhámos sossego, o que também é muito bom”. Enquanto as conversas se desenrolavam animadas pelos digestivos e o crepitar da grande lareira, lá fora a (...)
08.Jan.08

O não de Sócrates ao referendo

João Távora
Sou contra o referendo a uma matéria como a do Tratado de Lisboa e concordo que o parlamento tem toda a legitimidade para ratificá-lo. No entanto parece-me inadmissível a forma descarada e oportunista como os políticos usualmente se contradizem, conforme estão no governo ou na oposição. Consoante a feição do vento na senda do cobiçado poder. Acontece que nem toda a gente tem memória curta. O crescente descrédito dos políticos e das suas instituições resulta num desprezo (...)