Lamentavelmente o que os partidos do bloco central promovem hoje em São Bento é a menorização do parlamento, no seu papel fundamental de fiscalização do executivo, que aliás o nosso regime semipresidencialista não favorece grandemente. Um monárquico como eu só pode deplorar profundamente este retrocesso. É que basta olhar à nossa volta por essa Europa afora para perceber que um parlamento com poderes e legitimidade reforçados é a fórmula que viabiliza as persistentes (...)
Para sossego da clientela regimental e da letargia mental a que o português é tão atreito, o debate político está devidamente amestrado pela asfixiante agenda dominante. Só assim se justifica discrepância que encontramos nos temas abordados e debatidos nos meios tradicionais e na blogosfera. Dou como exemplo a malquista “questão do regime”: a poucos meses do inicio das festividades do Centenário (...)
Um regime que em cem de anos de existência só nas ultimas décadas (re) conheceu o valor liberdade, período o qual, o progresso económico e social se caracterizou pela invasão do betão e desordenamento territorial, merecia mais indignação, mais reacções assim– mesmo que só para (...)
O mais grave não é trinta e tal deputados da nação baldarem-se a uma votação candente. O mais grave não é a amigável distribuição de casas às clientelas pelo maior município nacional. O mais grave não é institucionalizada promiscuidade entre a politica e os negócios. O mais grave não é o peso das autarquias na criação e distribuição de emprego. Não, o mais grave é mesmo o (...)
Ferreira Fernandes coloca hoje na sua coluna do Diário de Notícias o dedo na funesta ferida do regime, ao indignar-se com a assumpção por parte de Luis Filipe Menesesdo direito ao usufruto para as suas hostes dum dos muitos lugares de topo duma empresa estatal, no caso a administração do maior banco nacional. É público que, em detrimento da meritocracia e do bom senso na gestão (...)
Enquanto hoje, para deleite dos apaniguados da república, Aquilino Ribeiro vai a trasladar para o Panteão Nacional - não sei sob que critério - permitam-me dar nota de que foi inaugurada no passado Sábado, aqui no meu concelho de Cascais, na rotunda D. Carlos I, Areias – Guincho, uma singela estátua desse nosso notável Chefe de Estado, penúltimo rei (...)
Antigamente, bem ensinados, levavam-nos de autocarro e vestidinhos de branco para o Estádio Nacional. Para venerar o regime. Agora, paga-se a uma agencia de comunicação, ou de casting e cria-se o “acontecimento” à medida. Sinal dos tempos!